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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Doutrina Espírita - Penas depois da morte

Olá,

Até aqui, o dogma das penas eternas só foi contraditado pelo raciocínio. Vamos agora demonstrar que ele está em contradição com os fatos positivos que temos diante dos olhos e que provam a sua impossibilidade.
De acordo com esse dogma, o destino da alma após a morte é fixado de maneira irrevogável. Fica assim definitivamente barrado o seu progresso. Ora, a alma progride ou não?
 Eis toda a questão. Se ela progride a eternidade das penas é inadmissível.
Podemos duvidar desse progresso, quando vemos a imensa variedade de aptidões morais e intelectuais existentes na Terra, desde o selvagem até o homem civilizado?
Quando se vêem as diferenças que um mesmo povo apresenta de um século para outro?
Se admitirmos que não são mais as mesmas almas, teremos de aceitar que Deus cria as almas em todos os graus de desenvolvimento, de acordo com os tempos e os lugares, favorecendo umas, enquanto relega outras à uma inferioridade perpétua. Isso é incompatível com a justiça, que deve ser a mesma para todas as criaturas.

O Céu e o Inferno 1ª Parte, cap. VI, item 18

Diante do antigo dogma das penas eternas, cuja criação a teologia terrestre atribui ao Criador, examinemos o comportamento do homem – criatura imperfeita – perante as criações estruturadas por ele mesmo.
Determinada companhia de armadores constrói um navio; contudo, não o arremessa ao mar sem a devida assistência. Comandantes, pilotos, maquinistas e marinheiros constituem-lhe a equipagem para que atenda dignamente aos seus fins. Quando alguma brecha surge na embarcação, ninguém se lembra de arrojá-la ao fundo. Ao revés, o socorro habitual envida o máximo esforço, de modo a recuperá-la. E se algum sinistro sobrevém, doloroso e inevitável, o assunto é motivo para vigorosos estudos, a fim de que novos barcos se levantem amanhã, em mais alto nível de segurança.
Na mesma diretriz, o avião conta com mecânicos adestrados, em cada estação de pouso; o automóvel dispõe, na estrada, dos postos de abastecimento; a locomotiva transita sobre trilhos certos e chaves condicionadas; a fábrica produz com supervisores e técnicos; o hospital funciona com médicos e enfermeiros; e a habitação recolhe o amparo de engenheiros e higienistas.
Em todas as formações humanas respeitáveis, tudo está previsto, de maneira que o trabalho seja protegido e os erros retificados, com aproveitamento de experiência e sucata, sempre que esse ou aquele edifício e essa ou aquela máquina entrem naturalmente em desuso.
Isso acontece entre os homens, cujas obras estão indicadas pelo tempo a incessante renovação.
Em matéria, pois, de castigos, depois da morte, reflitamos, sim, na justiça da Lei que determina realmente seja dado a cada  um conforme as próprias obras; entretanto, acima de tudo e em todas as circunstâncias, aceitemos Deus, na definição de Jesus,que no-lo revelou como sendo o
“Pai nosso que está nos Céus”.

Emmaneul/Francisco C. Xavier                                                Justiça Divina

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