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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Bem viver - O Primeiro lugar e o Homem Indispensável II

Olá,

Assim, chega o momento da realidade para o homem que ocupa o primeiro lugar, o indispensável. É convidado a solicitar a aposentadoria, quando não é jubilado sem maior consideração.
Surpreso, diz-se em condições de prosseguir.
Afirma que ainda é jovem; quer trabalhar; dispõe de saúde...
O silêncio constrangedor adverte-o que não há mais outra alternativa.
Ele foi usado como peça de engrenagem empresarial que, desgastada, deve ser substituída de imediato a benefício geral.
 Oportunamente, a benefício da organização, ele tomara a mesma atitude em relação a outros funcionários, que foram afastados.
A amargura domina-o, o ressentimento enfurece-o e a frustração, longamente adiada, assoma e o conduz à depressão.
 As interrogações sucedem-se. “E agora? Que fazer da vida, do tempo?”
Como não cultivou outros valores, outros interesses, arroja-se ao fosso da autodestruição, egoisticamente, esquecido dos familiares e amigos, afinal, aos quais nunca deu maior importância nem valorização.
Afasta-se mais do convívio social e, não raro, suicida-se, direta ou indiretamente.
A empresa não lhe sente a falta, prossegue em funcionamento.
Somente quem realizou uma boa estrutura de personalidade, enfrenta com razoável tranquilidade o choque de tal natureza, para o qual se preparou, antevendo o futuro e programando-se para enfrentá-lo, transferindo-se de uma ação para outra, de uma empresa para um ideal, de uma máquina para um grupamento humano respirável, emotivo, pensante.
Ninguém é indispensável em lugar nenhum. O primeiro de agora será dispensável amanhã, assim como o último de hoje, possívelmente, estará no comando no futuro. A morte, a cada momento, demonstra-o.
A polivalência das aspirações é reflexo de normalidade, de equilíbrio comportamental, de harmonia da personalidade, convidando o homem a buscar sempre e mais.
A desincumbência do dever reflete-lhe o valor moral e a nobreza da sua consciência. Segurar as rédeas da dominação em suas mãos fortes, denota insegurança íntima, crise de conduta.
O homem tem o dever de abraçar ideais de enobrecimento pessoal e grupal, participar, envolver-se emocionalmente, fazer-se presente na comunidade, como complemento da sua conduta existencial.
A criatura terrena está em viagem pela Terra, e todo trânsito, por mais demorado, sempre termina. Ninguém se engane e não engane a outros. Uma auto-análise cuidadosa, uma reflexão periódica a respeito dos valores reais e aparentes, a meditação sobre os objetivos da vida concedem pautas e medidas para a harmonia, para o êxito real do ser.
A finalidade da existência corporal é a conquista dos valores eternos, e o êxito consiste em lograr o equilíbrio entre o que se pensa ter e o que se é realmente, adquirindo a estabilidade emocional para permanecer o mesmo, na alegria como na tristeza, na saúde conforme na enfermidade, no triunfo qual sucede no fracasso. Quem consiga a ponderação para discernir o caminho, e o percorra com tranquilidade, terá começado a busca do êxito que, logo mais, culminará com alegria.

Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco                                   O Homem Integral

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