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domingo, 30 de abril de 2017

Pentateuco Espírita - Nas leis do amor

Olá,

O CÉU

A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa, que seria,
como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade.
A vida espiritual em todos os seus graus é, ao contrário, uma constante atividade, mas atividade isenta de fadigas.

A suprema felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da Criação,
que nenhuma linguagem humana jamais poderia descrever, que a imaginação mais fecunda não poderia conceber.
Consiste também na penetração de todas as coisas, na ausência de sofrimentos físicos e morais,
numa satisfação íntima, numa serenidade da alma imperturbável, no amor que envolve todos os seres, e portanto na ausência de atrito proveniente do contato com os maus, e, acima de tudo, na contemplação de Deus e na compreensão dos seus mistérios revelados aos mais dignos.
A felicidade também existe nas tarefas cujo encargo nos faz felizes.
O Céu e o Inferno 1ª Parte, cap. III, item 12

Se alguém te fala em descanso inútil depois da morte, pensa nos que sofrem por amor, na experiência terrestre.
*
Indaga das mães devotadas se teriam coragem de relegar os filhos delinquentes à solidão da masmorra...
Preferem chorar na pocilga, trabalhando por eles, a morarem no paraíso com o peito rebentando de lágrimas.
*
Pergunta aos pais afetuosos se pediriam a forca para os rebentos do próprio sangue, comprometidos em débitos insolúveis...
Escolhem a condição dos grilhetas, de modo a vê-los recuperados, renunciando aos prêmios que a sociedade lhes destine à honradez.
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Inquire da esposa abnegada se deixaria o companheiro enredado à loucura, pra brilhar num desfile de santidade...
Disputará as vigílias no manicômio para servi-lo, fugindo aos louros da praça pública.
*
Interroga do amigo verdadeiro se deixará o amigo confiante em dificuldade...
Aceitará partilhar-lhe as provações, recusando os privilégios com que o mundo lhe acene.
*
Isso acontece na Terra, onde o amor ainda se mistura ao egoísmo, qual o ouro perdido na ganga do solo.
Para além das cinzas do túmulo, há paz de consciência e alegria profunda no dever nobremente cumprido, mas, se te afeiçoas à bondade e à renúncia, poderás quanto quiseres continuar auxiliando os entes amados, que aprendeste a venerar e querer, ou prosseguir exaltando os ideais e as tarefas edificantes que abraças.
À medida que penetramos os segredos do amor puro, vamos reconhecendo que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho em que avança.
O próprio Criador determinou que a noite se cobrisse de estrelas e que o espinheiral se levantasse recamado de rosas.
Trabalharemos e sofreremos, assim, por amor, pelos séculos adiante, ajudando-nos uns aos outros a erguer a felicidade de nosso nível, até que possamos entrar, todos juntos, na suprema felicidade que consiste em nossa união com Deus para sempre.

Emmanuel/Francisco C. Xavier               " Justiça Divina "

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