Olá,
" Diante do perigo da obsessão, ocorre perguntar se não é lastimável ser médium.
Não é a faculdade mediúnica que a provoca? numa palavra, não constitui isso uma prova de inconveniência das comunicações espíritas?
Fácil se nos apresenta a resposta e pedimos que a meditem
cuidadosamente. não foram os médiuns nem os espíritas que criaram os Espíritos; ao contrário, foram os Espíritos que fizeram haja espíritas e médiuns. não sendo os Espíritos mais do que as almas dos homens, é claro que há Espíritos desde quando há homens; por conseguinte, desde todos os tempos eles exerceram influência salutar ou perniciosa sobre a humanidade. A faculdade mediúnica não lhes é mais que um meio de se manifestarem. "
O L. M. Questão nº 244
A quem diga que o Espiritismo cria obsessões na atualidade do mundo, respondamos com os próprios Evangelhos.
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Nos versículos 33 a 35, do capitulo 4, no Evangelho de Lucas, assinalamos o homem que se achava no santuário, possuído por um Espírito infeliz, a gritar para Jesus, tão logo lhe marcou a presença: “que temos nós contigo?”
E o Mestre, após repreendê-lo, conseguiu retirá-lo, restaurando o equilíbrio do companheiro que lhe sofria o assédio. Temos aí a obsessão direta.
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Nos versículos 2 a 13, do capitulo 5, no Evangelho de Marcos, encontramos o auxilio seguro prestado pelo Cristo ao pobre gadareno, tão intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um animal feroz, refugiado nos sepulcros.
Temos aí a obsessão, seguida de possessão e vampirismo.
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Nos versículos 32 e 33, do capitulo 9, no Evangelho de Mateus, lemos a noticia de que o povo trouxe ao Divino Benfeitor um homem mudo, sob o controle de um Espírito em profunda perturbação, e, afastado o hóspede estranho pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala. Temos aí a obsessão complexa, atingindo alma e corpo.
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No versículo 2, do capitulo 13, no Evangelho de João, anotamos a palavra positiva do apóstolo, asseverando que um Espírito perverso havia colocado no sentimento de Judas a ideia de negação do apostolado. Temos aí a obsessão indireta, em que a vitima padece influência aviltante, sem perder a própria responsabilidade.
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Nos versículos 5 a 7, do capítulo 8, nos Atos dos Apóstolos, informamonos de que Filipe, transmitindo a mensagem do Cristo, entre os samaritanos, conseguiu que muitos coxos e paralíticos se curassem, de pronto, com o simples afastamento dos Espíritos inferiores que os molestavam.
Temos aí a obsessão coletiva, gerando moléstias fantasmas.
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E, de ponta a ponta, vemos que o Novo Testamento trata o problema da obsessão com o mesmo interesse humanitário da Doutrina Espírita. Não nos detenhamos, diante dos críticos contumazes. Estendamos o serviço de socorro aos processos obsessivos de qualquer procedência, porque os princípios de Allan Kardec revivem os ensinamentos de Jesus, na antiga batalha da luz contra a sombra e do bem contra o mal.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Seara dos Médiuns "
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