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domingo, 20 de novembro de 2016

Mediunidade - Livre-arbítrio e obsessão

Olá,

 Parece-nos, entretanto, que há pessoas de muito mérito, de irrepreensível
moralidade e que, apesar de tudo, se veem impedidas de se comunicar com
os bons Espíritos.
“É uma provação. E quem te diz, ademais, que elas não trazem o
coração manchado de um pouco de mal? Que o orgulho não domina um
pouco a aparência de bondade? Essas provas, com o mostrarem ao obsidiado
a sua fraqueza, devem fazê-lo inclinar-se para a humildade.

“Haverá na Terra alguém que possa dizer-se perfeito? Ora, um, que
tem todas as aparências da virtude, pode ter ainda muitos defeitos ocultos,
um velho fermento de imperfeição. Assim, por exemplo, dizeis, daquele
que nenhum mal pratica, que é leal em suas relações sociais: é um bravo e
digno homem. Mas, sabeis, porventura, se as suas boas qualidades não são
tisnadas pelo orgulho; se não há nele um fundo de egoísmo; se não é avaro,
ciumento, rancoroso, maldizente e mil outras coisas que não percebeis, por
que as vossas relações com ele não vos deram lugar a descobri-las? O mais
poderoso meio de combater a influência dos maus Espíritos é aproximar-se
o mais possível da natureza dos bons.”
 O L.M.  2a. Parte  Cap. XXII   Questão nº 254 Parágrafo 2º

No tratamento da obsessão, frequentes vezes, entre os seareiros do bem,
surgem debates em torno do livre-arbítrio.
Se a faculdade de escolher é atributo da alma, como influir no ânimo dos
desencarnados menos felizes?
Temos aqui, no entanto, o principio de causa e efeito, Importando
reconhecer que se Jesus respeitou as resoluções de quantos lhe respiravam o
ambiente, não arrebatou ninguém às consequências dos próprios atos.
*
Se caímos na criminalidade, somos espíritos doentes e qualquer doente
guarda a sua independência, até o ponto em que ameaça a integridade dos outros ou
agrava a condição de si mesmo.
Para atender a Isso, a sociedade humana relaciona vários recursos de
contenção, destacando-se entre eles a segregação hospitalar e a anestesia
involuntária, que parecem atentados à consciência.
Entretanto, ninguém malsinará o médico que administre opiáceos ao
enfermo desesperado, que lhe tente rasgar as próprias vísceras, ou que isole na
câmara gradeada de um sanatório o louco suscetível de descer às últimas raias da
Inconsequência.
*
Diante da obsessão, não te mostres indiferente à sorte dos irmãos incursos
nessa dificuldade.
A pretexto de resguardar o livre-arbítrio, não deixes o companheiro
desencarnado e o companheiro da experiência física sem o concurso do
esclarecimento que lhes serve ao caminho como inevitável medicação.
Dinamiza o conhecimento quanto julgues preciso, em cada processo de
reajuste, mas explica aos irmãos em prova a trilha mais fácil para a libertação deles
mesmos.
Ainda assim, porque estejas a serviço da verdade, não te faças verdugo.
Aspereza é veneno sutil.
Irritação retorna qualquer serviço à estaca zero.
Ninguém realmente sabe ensinar se não sabe repetir a lição.
Socorre obsessor e obsidiado, incutindo-lhes a verdade dosada em amor;
contudo, recorda que o veículo de semelhante remédio é paciência e paciência.

Emmanuel/Francisco C. Xavier                     " Seara dos Médiuns "

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