Digite aqui o assunto do seu interesse:

quinta-feira, 28 de março de 2019

Vida - AS EMOÇÕES

Olá,

A palavra emoção provém do verbo latino emovere, que significa mover ou movimentar,
sendo, portanto, qualquer tipo de sentimento que produza na mente algum tipo de movimentação,
que tanto pode ser positiva, negativa ou mesmo neutra.
Importante na ocorrência desse fenômeno são o seu propósito, assim como as suas
consequências. Quando se direciona ao bem-estar, à paz, à alegria de viver e de construir,
contribuindo em favor do próximo, temo-la como positiva ou nobre, porque edificante e realizadora.

No entanto, se inquieta, estimulando transtornos e ansiedade, conduzindo nossa mente a distúrbios
de qualquer natureza, temo-la negativa ou perturbadora, que necessita de orientação e equilíbrio.
Os resultados serão analisados pelos efeitos que produzam no indivíduo, assim como
naqueles com os quais convive, estabelecendo harmonia ou gerando empecilhos.
São as emoções responsáveis pelos crimes hediondos, quando transtornadas, assim como
pelas grandes realizações da humanidade, quando direcionadas para os objetivos dignificantes do
ser.
No segundo caso, desfruta-se de alegria de viver e de produzir o bem, enquanto que, o
primeiro, proporcionam sofrimento e angústia, desespero e consumpção.
Para um ou outro objetivo são necessárias ferramentas específicas, tais como o amor, a
bondade, a compaixão, a gentileza, a caridade, a fim de lograr-se os resultados nobres, ou, do
contrário, a ira, a cólera, o ódio, o ressentimento, a desonestidade que levam ao crime e a todas as
urdiduras do mal.
No primeiro, constatamos a nobreza de caráter e dos sentimentos edificantes, enquanto que,
no segundo, defrontamos a pequenez moral, o primarismo em que detém o ser humano.
As emoções, do ponto de vista psicológico, podem ser agradáveis ou perturbadoras,
estabelecendo identidades, tais como aproximação, medo e repugnância e rejeição.
O importante, no que concerne às emoções, é o esforço que deve ser desenvolvido a fim de
que sejam transformadas as nocivas em úteis.
Quando se expressam prejudiciais, o indivíduo tem o dever de trabalhá-las, porque algo em
si mesmo não se encontra saudável nem bem-orientado. Em vez de dar expansão às suas
tempestades interiores, deve procurar examinar em profundidade a razão pela qual assim se
encontra, de imediato tentando alterar-lhe o direcionamento.
As emoções têm sua origem nas experiências anteriores do ser, que se permitiu o
estabelecimento de paisagens internas de harmonia ou de conflitos.
Não se deve lutar contra as emoções, mesmo aquelas denominadas prejudiciais, antes
cabendo o esforço para desviar-se a ocorrência daquilo que possa significar danos em relação a si
mesmo ou a outrem.
Inevitavelmente ocorrem momentos em que as emoções nocivas assomam volumosas. A
indisciplina mental e de comportamento abre-lhes espaços para que se expandam, no entanto, a
vigilância ao lado do desejo evita-se danos morais oferece recurso para impedir-lhes as sucessivas
consequências infelizes.
Nem sempre é possível evitar-se ocorrências que desencadeiam emoções violentas. Pode-se
no entanto, equilibrar o curso da sua explosão e o direcionamento dos seus efeitos.
Raramente alguém é capaz de permanecer emocionalmente neutro em uma situação
conflitiva, especialmente quando o seu ego é atingido. Irrompe, automaticamente, a hostilidade, em
forma de autodefesa, de acusação defensiva, de revide...
pode-se, no entanto, evitar que se expanda o sentimento hostil, administrando-se as reações
que produz, mediante o hábito de respeitar o próximo, de tê-lo em trânsito pelo nível de sua
consciência, se em fase primária ou desenvolvida.
Torna-se fácil, desse modo, superar primeiro impacto e corrigir-se o rumo daquele que se
transformou em emoção de ira ou de raiva...
Se tomas consciência de ti mesmo, dos valores que te caracterizam, das possibilidades de
que dispões, é possível exercer um controle sobre as tuas emoções, evitando que as perniciosas se
manifestem ante qualquer motivação e as edificantes sejam equilibradas, impedindo os excessos
que sempre são prejudiciais.
Quando são cultivadas as reminiscências das emoções danosas, há mais facilidade para que
outras se expressem ante qualquer circunstância desagradável. Como não se pode nem se deve viver
de experiências transatas, o ideal é diluir-se em novas experiências todas aquelas que causaram dor
e hostilidade.
Isso é possível mediante o cultivo de pensamentos de paz e de solidariedade, criando um
campo mental de harmonia capaz de manifestar-se por automatismo diante de qualquer ocorrência
geradora de aflição.
Ganghi afirmava que não se deve matar o indivíduo hostil, mas matar a hostilidade nesse
indivíduo, o que corresponde ao comportamento pacífico encarregado de desamar o ato agressivo de
quem se faz adversário.
Eis por que a resistência passiva consegue os resultados excelentes da harmonia.
Provavelmente, o outro, o inimigo, não entenderá de momento a não-violência daquele a quem
aflige, mas isso não é importante sendo valioso para aqueles que assim procede, porque não permite
que a insânia de fora alcance o país da sua tranquilidade interior.
A problemática apresenta-se como necessidade de eliminar os sentimentos negativos, o que
não é fácil, tornando-se mais eficiente diluí-los mediante outros de natureza harmônica e saudável.
Acredita-se que a supressão da angústia, da ansiedade, da raiva proporciona felicidade. Não
será com o desaparecimento de um tipo de emoção que se desfrutará imediatamente de outra. A
questão dever ser colocada de maneira mais segura, trabalhando-se, sim, pela eliminação das
emoções perturbadoras, porém, ao mesmo tempo, cultivando-se e desenvolvendo-se aquelas que são
as saudáveis e prazenteiras.
Não se torna suficiente, portanto, liberta-se daquilo que gera mal-estar e produz decepção,
mas agir de maneira correta, a fim de que se consigam alegria e estímulo para uma vida produtiva.
Viver por viver é fenômeno biológico, automático, no entanto, é imprescindível viver-se em
paz, bem viver-se, em vez do tradicional conceito de viver de bem com tudo e com todos, apoiado
em reservas financeiras e em posições relevantes sempre transitórias...
pensa-se que é uma grande conquista não se fazer o mal a ninguém. Sem dúvida, que se trata
de um passo avançado, entretanto, é indispensável fazer-se o bem, promover-se o cidadão, a cultura,
a sociedade, ao mesmo tempo elevando-se moralmente.
Quando se está com a emoção direcionada ao bem e à evolução moral, o pensamento torna-se
edificante e tudo concorre para a ampliação do sentimento nobre. O inverso também ocorre,
porquanto o direcionamento negativo, as suspeitas, que se acolhem, a hostilidade gratuita que se
desenvolve contribuem para que o indivíduo permaneça armado, porque sempre se considera
desamado.
Mediante o cultivo das emoções positivas aclara-se a percepção da verdade, das atitudes
gentis, dos sentimentos solidários, enquanto que, a constância das emoções prejudiciais faculta a
distorção da óptica em torno dos acontecimentos, gerando sempre mau-humor, indisposição e
malquerença.
Quando se alcançar o amor altruísta, haverá o sentimento da real fraternidade e o equilíbrio
se estabelecerá no ser em busca de si mesmo e de Deus.
Jesus permanece como o exemplo máximo do controle das emoções, não se deixando
perturbar jamais por aquelas que são consideradas perniciosas. Em todos os Seus passos, o amor e a
benevolência, assim como a compaixão e a misericórdia estavam presentes, caracterizando o biótipo
ideal, guia e modelo para todos os indivíduos.
Traído e encaminhado aos Seus inimigos, humilhado e condenado à morte, não teve uma
emoção negativa, mantendo-se sereno e confiante, lecionando em silêncio o testemunho que é
pedido a todos quantos se entregam a Deus e devem servir de modelo à humanidade.
Não se podendo viver sem as emoções, cuidar-se daquelas que edificam em detrimento das
que perturbam, tal é a missão do homem e da mulher inteligentes na Terra.

Divaldo Franco/Joanna de Ângelis           " Atitudes Renovadas"

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.