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terça-feira, 23 de abril de 2019

Bem Viver - O BARCO E AS ONDAS

Olá,

Tentação, a palavra temível.
Quase sempre intentamos fugir dela para simplesmente desertar do trabalho e, por
consequência, da escola que o trabalho representa. E caímos no logro.
Largamos o poço da dificuldade construtiva para arrojarmo-nos no abismo da inércia
onde arrasamos o tempo.
Analisamos aprendizes, testamos máquinas, provamos quitutes caseiros.
Tentação é o recurso que a sabedoria da vida emprega para dar-nos o conhecimento de nós próprios.

Se o dinheiro não nos sugere a busca de prazeres desmesurados para os sentidos e se
não lhe opomos o freio do discernimento, como poderemos saber que ele deve ser
utilizado para a criação das alegrias nobres que nos enriquecem a alma?
Se o mal não nos convida algum dia a cultuar-lhe os desequilíbrios e se não lhe
resistimos aos impulsos, de que maneira aprenderemos que o bem deve ser incorporado
em definitivo ao nosso campo espiritual para ser usado naturalmente por nós como o ar
que se respira?
Além disso, entendamos que a tentação é o agente que nos pesquisa a reabilitação,
diante das leis divinas.
Se estamos na bengala dos cegos ou no catre dos paralíticos – conquanto a alusão não
signifique qualquer desrespeito a eles, - já vivemos sob regime de bloqueio transitório
entre as forças da vida e ninguém pode reconhecer, de imediato, o que faríamos da luz ou
do movimento, se os tivéssemos ao dispor.
Assim é que ninguém se faz claramente conhecido, enquanto se encontra sob o guante
da expiação ou da prova.
Estudemos a tentação quando chegue. Pelo modo que surge ou pelas gratificações que
proponha, sabemos o que somos e o que nos cabe fazer.
Achamo-nos todos em evolução e, concomitantemente, em tentações que chegam por
tabela. Cada uma em hora determinada e em problema certo. Saibamos superá-las para
crescer e elevar-nos.
Sem tentação, impossível a tarefa da perfeição.
Recordemos o barco e as ondas que procuram submergi-lo. Sem elas jamais chegaria ao
porto, mas é preciso vará-las sem permitir que entrem nele.

André Luiz/Waldo Vieira                     "  Sol nas Almas "

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