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sexta-feira, 13 de março de 2020

Meditar - PRIVAÇÕES DO CORPO E PROVAÇÕES DA ALMA

Olá,

O homem, não raro, nas horas difíceis, lança mão de recursos extremos e, por vezes,
ilógicos, para diminuir o sofrimento próprio ou alheio, qual acontece nas provas
desesperadoras, no sentido de suprimir agonias morais ou curar doenças insidiosas.
Daí  nasce o contra-senso dos ofícios religiosos remunerados de que se alastram antigos e piedosos enganos, como sejam:

a recitação mecânica de fórmulas cabalísticas;
os sacrifícios inúteis visando prioridade e concessões;
as promessas esdrúxulas;
os votos inoportunos;
as penitências estranhas;
os auto-castigos em que a vaidade leva o rótulo da fé;
os jejuns e as mortificações a expressarem suicídios parciais;
o uso de amuletos;
o apego a talismãs;
o culto improdutivo do remorso sem qualquer esforço de corrigenda na restauração do
caminho errado...
Contudo, ao espírita-cristão compete despojar-se de semelhantes conceitos acerca do
Criador e da Criação, cristalizados na mente humana através de numerosas
reencarnações.
Para nós, não mais existe a crença cega.
Em razão disso, não mais nos acomodamos à idéia do milagre como sendo prerrogativa
em favor de alguém sem merecimento qualquer.
De igual modo, urge compreender os mecanismos das Leis Divinas, dispensando-se, ante
os lances atormentados da existência terrestre, toda a atitude ilusória ou espetacular.
Omissão não resolve.
E em matéria de comportamento moral a renovação da vida, abstenção do serviço no
bem de todos, é deserção vestida de alegações simplesmente acomodatícias, dentro da
qual o crente não apenas foge das responsabilidades que lhe cabem, como também
ainda exige presunçosamente que Deus se transforme em escravo de suas
extravagâncias.
Situa-nos a Doutrina Espírita diante de nós mesmos.
Estamos espiritualmente hoje onde nos colocamos ontem.
Respiraremos amanhã no lugar para onde nos dirigimos.
Usemos a oração para compreender as nossas necessidade, solucionando-as à luz do
trabalho sem o proposto de ilaquear os poderes divinos.
A Lei é equânime, justa, insubornável.
A criatura, - gota igual às demais no oceano imenso da humanidade Universal, - não é
cliente de privilégios.
Eis porque, ao invés de procurar, espontaneamente, penitências improdutivas para nós, é
imperioso buscar voluntariamente o auxílio eficiente aos semelhantes.
Espiritismo é sublime manancial de energia espiritual. Haurindo forças, acatemos sem
revolta aquilo que a Vida nos oferece, trazendo paz na consciência e entendimento no
coração.
O mundo atual prescinde de quantos se transformam em ascetas e eremitas de qualquer
condição.
Até a penalogia moderna procura imprimir utilidade às horas dos presidiários, valorizando-lhes
a reeducação em colônias, à busca de regeneração moral e social.
E a própria psiquiatria, presentemente, institui a laborterapia para que os enfermos da
alma se recuperem, pela atividade edificante.
Para o espírita, portanto, a Vida e o Universo surgem ajustados à lógica e esclarecidos na
verdade.
Apelemos para os recursos da prece, a fim de que sejamos sustentados em nossos
próprios deveres, reconhecendo, porém, que Deus não é vendedor de graças ou doador
de obséquios, em regime de exceção, e sim o Criador Incriado, perfeito em todos os seus
atributos da justiça e de amor.

André Luiz/Francisco C. Xavier                       " Opiniao Espirita "

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