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domingo, 6 de abril de 2014

Mediunidade - Conflitos humanos e obsessões coletivas

Olá,

Indiscutivelmente, a sociedade terrestre vive um dos períodos mais graves de toda a sua História.
Jamais se apresentaram de maneira tão volumosa, como na atualidade, os conflitos humanos e as obsessões coletivas.
A grandeza do conhecimento, nas suas mais diversificadas expressões, não tem conseguido obstar os desatinos humanos defluentes dos tormentos que tomam conta da criatura, que marcha sem rumo nestes dias tumultuosos.
A soberba decorrente da cultura e da tecnologia, da ciência e das artes, dos pensamentos filosóficos, da civilização e do seu elevado grau de conforto, das extraordinárias comunicações virtuais e de toda a gama de benefícios advindos dessas incomparáveis conquistas, sofre a agressão da própria insensatez por negar a existência de Deus e as excelências do Espírito que se é.

À medida que se ganha em informações técnicas e culturais, mas não em sabedoria, porquanto estão à margem os valores ético-morais que estruturam o equilíbrio emocional e respondem pela felicidade, mais a presunção parece afastar o ser humano da sua Causalidade.
Chega-se mesmo ao atrevimento de afirmar-se que os países ricos, superdesenvolvidos, serão todos ateus em período muito próximo, sem que se tenham em conta muitos fatores que podem reverter-lhes a situação.
Além das crises financeiras que periodicamente abalam as estruturas das grandes e poderosas nações
terrenas, outras inesperadas e menos consideradas abatem a presunção humana, ferindo a autoestima dos mais atrevidos, em convites impostergáveis à meditação, como decorrência dos desastres de toda ordem, sejam sísmicos, sociais, nucleares, nas suas fortalezas de energia que tanto bem proporcionam, no entanto sob riscos incalculáveis a que dão lugar.
A sucessão de tsunamis, no século atual, e suas consequências imprevisíveis têm arrastado as multidões ao desespero e à insegurança, por mais cuidadosos planos de preservação do patrimônio e da vida, nos lugares erguidos sobre as grandes fossas e falhas terrestres, e, da mesma forma, os
corredores de tornados, de furacões e de outros desastres naturais que anualmente ferem a grande nação americana do Norte, a Ásia, bem como as ameaças constantes das erupções vulcânicas, as chuvas e deslizamentos fatais, as secas que assolam grande parte da África e dos países mais pobres
do mundo...
De igual maneira, as enfermidades causadas pelo abuso e desconsideração pela vida, resultado dos vícios perversos a que se permitem os indivíduos, as contaminações decorrentes da promiscuidade sexual, social e familiar, como a tuberculose, ao lado da AIDS, ceifando milhões de vidas, chamam a atenção para outras, as que decorrem dos distúrbios cardiovasculares, as degenerativas, demonstrando a fragilidade da argamassa celular em relação ao ser imortal.
Por outro lado, a ameaça constante dos famigerados programas de extermínio de etnias, nos países menos desenvolvidos, as preocupações com o terrorismo nos seus mais variados aspectos, demonstram que é possível preverem-se muitos desses males, nunca, porém, a possibilidade
de evitá-los.
Todos esses fenômenos alarmantes que alcançam as pessoas, sem qualquer exceção, bem como a velhice e os seus efeitos desastrosos, quando não se soube edificá-la nos dias da juventude, constituem perigo para a ganância e as pretensões ousadas de uma vida que fosse indestrutível e inatacável no corpo físico.
Concomitantemente, a violência urbana assusta e o mundo estertora entre os dependentes de drogas químicas destrutivas e os psicopatas, que se avolumam de tal forma que, se todos os leitos da Terra fossem reservados apenas aos esquizofrênicos, seriam insuficientes para atendê-los.
Para onde marcha a sociedade?
Seis mil e seiscentos anos de decantada cultura e civilização são transcorridos, mas pequeníssima é a colheita de sabedoria e de paz.
O mundo tem sido governado mais por militares do que por poetas, filósofos, humanistas, demonstrando a predominância da força bruta sobre a grandeza do espírito e dos seus valores éticos.
As lições da História, que se repetem com regularidade através dos tempos, não têm valido muito para a edificação de uma sociedade mais feliz, menos agressiva e mais responsável, especialmente no que diz respeito ao próprio ser humano.
Muitas leis são elaboradas com frequência assustadora, umas substituindo as outras antes de serem aplicadas e vivenciadas, enquanto o crime, a anarquia, a desonestidade e o cinismo grassam em escala tão crescente quanto inimaginável.
Qualquer indivíduo, sinceramente firmado em propósitos de dignidade e de bom senso, perguntar-se-á: O que está acontecendo com a mulher e o homem contemporâneos?
Do que lhes têm valido todas as realizações de que se vangloriam, se têm apenas uma breve duração,
logo substituídas pelos desaires, pelo vazio existencial, pela depressão?
A correria desenfreada ao prazer, a fuga psicológica da realidade, cada vez mais empurram o indivíduo para o desequilíbrio, porquanto as mesmas sempre o aguardam adiante, por mais prolongada se faça a ignorância da sua presença, e ao surpreenderem o incauto produzem-lhe grande impacto de aflição e de desconcerto moral.
As religiões, muito preocupadas com a Terra, vêm se olvidando do objetivo essencial, que é o de preparar o ser humano para a sua imortalidade e para as consequências dos seus atos durante a caminhada carnal.
Algumas delas, hipnotizando as massas, prometem os recursos terrenos mediante pesados ônus que são utilizados pelos atuais vendilhões do templo, criando injustificável fanatismo em torno da fé que preconizam, em total desrespeito aos ensinamentos de Jesus e à Sua vida extraordinária.
O materialismo, caminhando ao lado dessas doutrinas mundanas, que se interessam pelos bens e pelo conforto momentâneo, sempre recebe nos braços os decepcionados, e os esmaga com as altas cargas de cinismo e de descrédito, retirando-lhes as bengalas psicológicas de apoio em que se
sustentavam.
Estes são dias de graves convulsões, de toda natureza, na Terra por onde transitam as criaturas cultas e atormentadas, confortadas e inquietas, divertidas e solitárias, presunçosas e infantis...
Os valores a que dão significado e conferem legitimidade têm sido insuficientes para fazê-las harmoniosas, torná-las felizes...

Divaldo P.Franco/ Manoel P. de Miranda          Mediunidade: desafios e bênçãos

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