Olá,
Nos fenômenos psíquicos, comuns nos agrupamentos mediúnicos, há, por conseguinte, de se fazer a seguinte distinção:
a) — Fatos anímicos,
b) — Fatos espiríticos.
Fatos anímicos são, como já acentuamos, aqueles em que o médium, sem nenhuma idéia preconcebida de mistificação, recolhe impressões do pretérito e as transmite, como se por ele um Espírito estivesse comunicando.
Fatos espiríticos, ou mediúnicos, propriamente ditos, são aqueles em que o médium é, apenas, um veículo a receber e transmitir as idéias dos Espíritos desencarnados ou... encarnados.
O estudo e a observação ajudam-nos a fazer tal distinção.
Uma pessoa encarnada também pode determinar uma comunicação mediúnica, isto é, fazer que o sensitivo lhe assimile as ondas mentais e as reproduza pela escrita ou pela palavra.
Em face da lei de sintonia, pessoas adormecidas igualmente podem provocar comunicações mediúnicas, uma vez que, enquanto dormimos, nosso Espírito se afasta do corpo e age sobre terceiros, segundo os nossos sentimentos, desejos e preferências.
Voltemos, porém, às considerações em torno da necessidade de os dirigentes e colaboradores do setor mediúnico se munirem de recursos evangélicos, a fim de que as tarefas assistenciais, a seu cargo, apresentem aquele sentido edificante e construtivo que é de se almejar nas atividades
espiritistas cristãs.
Vejamos a conclusão de André Luiz, ante as ponderações de Áulus e o exame do caso da senhora objeto da assistência do grupo do irmão Raul Silva:
«Mediunicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma.»
A fixação mental — assunto abordado no capítulo próprio, neste livro — provoca o animismo.
Imaginemos, agora, o que pode ocorrer se uma criatura em tais condições busca um núcleo mediúnico onde apenas funciona o intelectualismo pretensioso, seguido da doutrinação periférica, sem o menor sentido de fraternidade!
Ao invés de compreensão, tal criatura encontrará, sem dúvida, a ironia e a má vontade, acompanhadas, via de regra, do comentário maledicente.
Ao invés de companheiros interessados no seu reajustamento, encontrará verdugos fantasiados de doutrinadores.
Ao invés do socorro que se faz indispensável, ver-se-ádefrontada, impiedosamente, por companheiros, às vezes até bem intencionados, que, em nome da «verdade», ou melhor, das «suas verdades», não lhe compreenderão o aflitivo problema.
Continua na próxima postagem.
Estudando a mediunidade Martins Peralva
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