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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Nova Era - Força do Espíeitismo

Olá,

 Falsíssima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua
força lhe vem da prática das manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se lhe terá minado a base.
 Sua força está na sua filosofa, no apelo que dirige à razão, ao bom senso.
Na antiguidade, era objeto de estudos misteriosos, que cuidadosamente se ocultavam do
vulgo. hoje, para ninguém tem segredos. fala uma linguagem clara, sem
ambiguidades. Nada há nele de místico, nada de alegorias suscetíveis de
falsas interpretações. Quer ser por todos compreendido, porque chegados

são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade. longe de
se opor à difusão da luz, deseja-a para todo o mundo.
Não reclama crença cega; quer que o homem saiba por que crê. Apoiando-se na razão, será
sempre mais forte do que os que se apoiam no nada.
Os obstáculos que tentassem oferecer à liberdade das manifestações poderiam pôr-lhe fm?
 Não, porque produziriam o efeito de todas as
perseguições: o de excitar a curiosidade e o desejo de conhecer o que foi
proibido. De outro lado, se as manifestações espíritas fossem privilégio de
um único homem, sem dúvida que, segregado esse homem, as manifestações cessariam.
 Infelizmente para os seus adversários, elas estão ao alcance de toda gente e todos a elas recorrem, desde o mais pequenino até o mais graduado, desde o palácio até a mansarda. Poderão proibir que sejam obtidas em público. Sabe-se, porém, precisamente que em público não
é onde melhor se dão e sim na intimidade.
 Ora, podendo todos ser médiuns, quem poderá impedir que uma família, no seu lar; um indivíduo,
no silêncio de seu gabinete; o prisioneiro, no seu cubículo, entrem em comunicação com os Espíritos, a despeito dos esbirros e mesmo na presença deles?
Se as proibirem num país, poderão obstar a que se verifiquem
nos países vizinhos, no mundo inteiro, uma vez que nos dois continentes
não há lugar onde não existam médiuns?
Para se encarcerarem todos os médiuns, preciso fora que se encarcerasse a metade do gênero humano.
Chegassem mesmo, o que não seria mais fácil, a queimar todos os livros
espíritas e no dia seguinte estariam reproduzidos, porque inatacável é a
fonte donde dimanam e porque ninguém pode encarcerar ou queimar os
Espíritos, seus verdadeiros autores.
O Espiritismo não é obra de um homem. Ninguém pode inculcar-se
como seu criador, pois tão antigo é ele quanto a Criação. Encontramo-lo
por toda parte, em todas as religiões, principalmente na religião Católica e
aí com mais autoridade do que em todas as outras, porquanto nela se nos
depara o princípio de tudo que há nele: os Espíritos em todos os graus de
elevação, suas relações ocultas e ostensivas com os homens, os anjos guardiães, a reencarnação, a emancipação da alma durante a vida, a dupla vista,
todos os gêneros de manifestações, as aparições e até as aparições tangíveis.
Quanto aos demônios, esses não são senão os maus Espíritos e, salvo a
crença de que aqueles foram destinados a permanecer perpetuamente no
mal, ao passo que a senda do progresso se conserva aberta aos segundos,
não há entre uns e outros mais do que simples diferença de nomes.
Que faz a moderna ciência espírita? Reúne em corpo de doutrina o
que estava esparso; explica, com os termos próprios, o que só era dito em
linguagem alegórica; poda o que a superstição e a ignorância engendraram,
para só deixar o que é real e positivo. Esse o seu papel. O de fundadora não
lhe pertence. mostra o que existe, coordena, porém não cria, por isso que
suas bases são de todos os tempos e de todos os lugares.
Quem, pois, ousaria considerar-se bastante forte para abafá-la com sarcasmos, ou, ainda,
com perseguições? Se a proscreverem de um lado, renascerá noutras partes,
no próprio terreno donde a tenham banido, porque ela está na Natureza
e ao homem não é dado aniquilar uma força da Natureza, nem opor veto
aos decretos de Deus.
Que interesse, ademais, haveria em obstar-se a propagação das ideias
espíritas? é exato que elas se erguem contra os abusos que nascem do orgulho e do egoísmo, mas, se é certo que desses abusos há quem aproveite, à coletividade humana eles prejudicam.
 A coletividade, portanto, será favorável a tais ideias, contando-se-lhes por adversários sérios apenas os interessados em manter aqueles abusos. As ideias espíritas, ao contrário,
são um penhor de ordem e tranquilidade, porque, pela sua influência, os
homens se tornam melhores uns para com os outros, menos ávidos das
coisas materiais e mais resignados aos decretos da Providência.

Allan Kardec " O Livro dos Espíritos Conclusão VI "

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