Digite aqui o assunto do seu interesse:

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Bem Viver - REVELAÇÃO E REENCARNAÇÃO

Olá,

“Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes.”
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Capítulo 5º — Item 11.

Generaliza-se entre os cultores menos avisados do
Reencarnacionismo a falsa crença de que, em vidas pretéritas, envergaram roupagens com que se
destacavam em primeira plana, no mentiroso mundo do poder e da fama.
Muitos dizem recordar os atavios de velhas Cortes onde eram amados e
requestados, e procuram manter gestos e hábitos, que seriam remanescentes
de tais existências...
Reis e rainhas, príncipes e princesas, nobres e membros de velhas
linhagens, podem, facilmente, ser encontrados entre eles...
Comandantes de exércitos e conquistadores de povos, artistas e gênios
são apontados por espíritos insensatos ou obsidiados como sendo eles
mesmos, constrangidos ao obscurantismo da atualidade...
Foram informados — dizem—, tiveram revelações.
Vivem de puerilidades, acalentando sonhos mentirosos, que lhes agradem
sobremaneira.
Dão a impressão de que aos espíritos que vestiram os trajos da opulência,
nos quais invariavelmente fracassaram, os Instrutores do Mundo Maior
conferem de pronto o renascimento...
Rara ou excepcionalmente são encontrados antigos servos domésticos,
modestos áulicos e pagens ou palafreneiros humildes, recomeçando as
experiências na carne...
Homens e mulheres de vida obscura e ignorada não repontam entre os
que cultivam tais aberrações, como fazendo crer, que depois das amargas
provações experimentadas não mais lhes foi exigido o retorno ao carro celular.
Mui diversa, no entanto, é a realidade.
Aqueles que dominavam, soberanos, sob o peso de responsabilidades
que não souberam ou não quiseram honrar, chegaram todos ao Mundo Maior
em lamentáveis estados conscienciais.
Amargurados e deprimidos, calcinados pelo horror, sofreram de perto a
decepção humilhante e foram obrigados a considerar a extensão do
desequilíbrio e da rebeldia a que se entregaram, inertes.
Vítimas desconhecidas, que o crime transformou em verdugos
impenitentes, crivaram-nos de motejos e deles escarneceram violentamente,
experimentando desespero difícil de qualificar, rogando, então, o presídiohospitalar
da carne para esquecerem, recomeçarem, fugindo de si mesmos...
Renasceram e renascem, ainda, em enxergas de miséria física e moral,
disfarçados para escaparem à sanha dos perseguidores.
Soberanos vaidosos e cruéis acordam no corpo carnal estigmatizados
pela micro, macro ou hidrocefalia, recordando as velhas e pesadas coroas...
Triunfadores e generais despertam nas trincheiras da loucura ou nas
cidadelas da idiotia...
Viajantes das altas linhagens recomeçam cobertos de pústulas, vencidos
pelas diversas manifestações de sífilis, da lepra, do câncer.
Negociantes regalados e administradores eminentes ressurgem, após os
funestos fracassos, nas amarras da paralisia.
Artistas e religiosos de relevo, intelectuais e estudiosos prevaricadores
reaparecem consumidos pela insânia, com desordens psíquicas irreversíveis.
Campeões da beleza física ocultam-se em deformidades orgânicas e
mentais quais esconderijos-fortaleza onde buscam o esquecimento, torturados,
quase sempre, pelo sexo, em invencível descontrole...
... E muitos dos seus antigos escravos e servidores humílimos,
profissionais e batedores, ofereceram maternidade e braços em forma de
socorro e lar para os recambiarem, trazendo-os de novo ao palco da matéria
densa.
Filhos e filhas do povo, rogaram, apiedados deles, tomá-los na viagem
evolutiva para que pudessem reencetar a experiência espiritual.
Quando os vires nas ruas ou nos Frenocômios, em Abrigos ou às
expensas da dor, sob acúleos ou cercados de novos tecidos finos, para eles
sem valor, lembra-te dos a quem esmagaram, zombaram, destruíram no passado,
desfilando em carros dourados, pisoteando com seus fogosos corcéis os
que tombavam à frente aclamados e invejados, quase sempre, porém, temidos
e odiados...
Ora por eles e apieda-te. São lições vivas, falando a Linguagem poderosa
da Lei. Reiniciam em pranto o caminho que perderam com orgias.
Retemperam, na forja da soledade e do abandono aparente, o espírito,
para aprenderem a valorização do tempo e da oportunidade.
Fixa, da lição deles, a experiência do equilíbrio e da sensatez,
aprendendo a servir e a sofrer.
Não te preocupes em teres estado na História...
Se desejas informações, indaga ao presente, e o hoje responderá para
onde deves seguir e como deves seguir.
Jesus, o Filho do Altíssimo, apagou-se numa mansarda, procurando os
infelizes e sofredores, o povaréu para elevar o homem aos Cimos
Intransponíveis; e o Espiritismo, que nos ensina elevação e liberdade, com
vistas ao Excelso Reino, ao cuidar do “esquecimento do passado” elucida
que”... havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há
nisso vantagem. Com efeito a lembrança traria gravíssimos inconvenientes.
Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o
orgulho e, assim, entravar o nosso livre arbítrio. Em todas as circunstâncias,
acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.”

Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco                        " Espírito e Vida "

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.