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domingo, 24 de março de 2019

Mediunidade - PROBLEMAS INTERNOS

Olá,

A imprevidência e o desconhecimento em torno dos fenômenos mediúnicos e suas ocorrências
atribuem a perturbações de Espíritos desassisados tudo quanto sucede aos indivíduos no seu trânsito
existencial.
Inegavelmente, o intercâmbio entre as duas esferas da vida, nas quais se movimentam
encarnados e desencarnados, é muito grande, em amplas proporções, sendo insistente e contínuo.

No entanto, as manifestações negativas e perturbadoras que afligem grande número de pessoas não
são necessariamente portadoras de caráter obsessivo, embora possam vincular-se posteriormente ao
quadro inquietante já existente.
Durante o processo de desenvolvimento intelecto-moral a que todos se encontram
submetidos, as experiências armazenadas propõem novos acontecimentos de acordo com a
qualidade das ações anteriormente vivenciadas.
As condutas extravagantes, doentias, assinaladas pela insensatez, estabelecem vínculos com
aqueles que foram convivas ou vítimas, quando se instalaram os sentimentos de baixo teor normal.
Não havendo a morte interrompido o ciclo de crescimento, aqueles que permaneceram no
além-túmulo, encharcados pelo ressentimento, pelo ódio, pelo desejo de desforço, sendo atraídos
aos comparsas infiéis que os infelicitaram, graças à lei de afinidades vibratórias existentes neles,
descarregam a sua hostilidade em contínuo processo de vingança, quando, então, surgem os
primeiros sintomas de obsessão.
Convém, porém, recordar-se que tal sucede somente porque, existindo devedor moral
apresenta-se o cobrador sandeu, que não confia na Divina Justiça e pretende desforrar-se em quem o
afligiu.
O ódio é doença da alma que combure também aquele que o preserva, constituindo-se uma
chama devoradora que se faz sustentada pelo combustível do ressentimento e da crueldade.
Filho dileto do materialismo, responde por inúmeros desaires que atrasam o progresso do ser
humano individualmente, assim como as sociedade em conjunto.
Somente quando as dúlcidas vibrações do amor penetram o Espírito é que surgem as
bênçãos da saúde e da paz em plenitude. Enquanto não viger no cerne do ser a dádiva sublime do
sentimento afetivo, haverá tormento e trânsito por impérvios lugares da emoção em desconserto.
Assim considerando, merece que se tenha em mente que muitos conflitos interiores que
nascem na culpa, na insatisfação, nos comportamentos alienantes, transforam-se em verdadeiros
algozes do indivíduo durante a sua existência.
Excessos prejudiciais projetam cansaço e mal-estar posterior.
Abusos de qualquer ordem refletem-se como revés e inconformismo.
Tais fenômenos, portanto, são decorrência dos comportamentos doentios a que se entregam
os indivíduos que se movimentam no sentido contrário à correnteza moral da existência.
É necessário que cada qual desperte para os seus próprios valores, procurando trabalhar as
imperfeições e desenvolver os recursos preciosos que lhe jazem adormecidos.
Aqueles que se acostumaram às queixas e reclamações sem o esforço para entender o que
em realidade ocorre à sua volta, estão sempre com antolhos que lhes impedem a visão amplas a
respeito dos fenômenos existenciais.
Basta-lhes acomodar-se à insatisfação e disparar contínuos dardos de descontamento contra
tudo e contra todos.
Movimentam-se continuamente de uma situação deplorável na direção de outra, sem uma
real modificação de conduta. É natural que se encontrem amargurados e agressivos. Ninguém,
porém, irá resolver-lhes os problemas. A eles cabe disciplinar-se, autopenetrar-se, entender os
objetivos existenciais e avançar no rumo certo.
Anteriormente, quando as pessoas se encontravam aturdidas e avassaladas por perturbações
espirituais, vinculada às tradições religiosas do passado, demonstravam dificuldade em aceitar o
comércio mental e moral com os desencarnados, particularmente os infelizes e perseguidores.
À medida que as luzes do Espiritismo projetaram o conhecimento em torno da realidade da
vida após o túmulo, aumentando o número de adeptos em suas fileiras, a aceitação desse fenômeno
tornou-se mais natural e mais clara.
Nada obstante, percebe-se que a maioria saltou da primeira postura para a segunda, sem a
necessidade da saudável reflexão, passando a atribuir todas e quaisquer ocorrências menos felizes à
interferência dos Espíritos maus, como se os reencarnados fossem marionetes nas mãos odientas
dos perseguidores.
É claro que as obsessões desempenham papel muito grave no conjunto social destes dias, em
face das vinculações pessoais entre os indivíduos e os desencarnados em desequilíbrio. Mas a
ocorrência é resultado da lei de justiça, facultando aos adversários o campo próprio para o
refazimento das afeições destroçadas, sendo propelidos pelos sofrimento.
Essa magna questão poderá ser resolvida mediante as ações meritórias daqueles que se
encontram comprometidos com a verdade, não lhes sendo necessário o camartelo da aflição.
Entretanto, em face da sua rebeldia, a vida lhes impõe o processo depurativo pela dor, evitando o
prolongamento da situação lamentável.
A crença de que são sempre vítimas espirituais, e tudo quanto lhes sucede de desagradável
tem origem nas perseguições dos adversários, oculta uma forma de astúcia, tornando a doença, o
desar, os infortúnios provocados pelos desencarnados, desde que se logre afastá-los, desapareceriam
esses fenômenos infaustos... Nesse comportamento estaria disfarçada a habilidade das ocorrências
nefastas das suas existenciais, em vez de assumirem a responsabilidade pelos sucessos prejudiciais
que lhes acontecem...
Cada qual, porém, terá que libertar-se do emaranhado em que se envolveu a esforço pessoal,
naturalmente com a ajuda do seu próximo, o que é compreensível, porém mediante grande empenho
de si mesmo.
Grande número de Espíritos reencarnados experimenta as consequências do estágio moral
em que se encontra, como é evidente, em cujo grupo há predomínio do egoísmo, dos interesses
mesquinhos com ausência dos sentimentos relevantes, dos esforços pelo crescimento espiritual, que
os faculta a vivência dos problemas conflitivos.
A intemperança, a rebeldia sistemática, o atraso emocional, a culpa não assimilada, o
egotismo transformam-se durante o trânsito carnal em desafios a cada indivíduo, impondo-lhe as
situações doentias que tipificam essa fase da evolução.
É indispensável romper-se as amarras com a acomodação nessa conduta e iniciar-se nos
princípios da elevação moral, experienciando a coragem do autoenfrentamento, da identificação das
suas expressões grosseiras substituindo-as por aquelas de natureza espiritual, esforçando-se cada um
por superar as dificuldades, porque o processo da evolução não ocorre por meio de artifícios
mágicos.
Os problemas internos apresentam-se hoje ou mais tarde no mundo exterior, em razão da
necessidade de serem eliminados.
Jesus referiu-se que em as nascentes do coração brotam as boas como as más ocorrências,
referindo-se ao ser interno que se é em vez da argamassa celular em que se movimenta.
Não postergues, pois, a oportunidade de autoconhecer-te, autodefinir-te para as realizações
da harmonia pessoal, para a superação dos infortúnios e a conquista do bem-estar.
Tudo isso depende exclusivamente de ti...

Divaldo Franco/Joanna de Ângelis              " Atitudes Renovadas "

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