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domingo, 12 de janeiro de 2020

Vida - Hábitos mentais

Olá,

Á vida biológica, em si mesma, é resultado de automatismos,
funcionando com harmonia desde que os equipamentos
orgânicos se encontrem em ordem. Obedecendo ao ritmo cardíaco
e às reações cerebrais, todos os fenômenos apresentam-se
repetitivos, previsíveis, dentro dos atavismos ancestrais.
 Sujeita aos fatores mesológicos, alimentares nutrientes,
no primeiro período da existência física transcorre sem alterações,
marchando inexoravelmente para a fatalidade do seu
desenvolvimento.

A vida mental se inicia por vislumbres e percepções à medida
que o Espírito se assenhoreia dos equipamentos do cérebro, que
lhe decodificam as ondas do pensamento. Dos impulsos iniciais,
instintivos, até à compreensão cósmica e toda uma larga
experiência, abre as comportas da comunicação, para tornar-se
lógico, antes de alcançar a etapa superior, que é a identificação
com a Consciência Divina.
O ser humano, vitorioso nas etapas anteriores pelas quais
passou, ao atingir o momento da razão, traz, ínsitos nos refolhos
das fixações da aprendizagem intelectual, os hábitos mentais.
São eles que passam a dirigir a sua conduta, porque toda a
programação existencial começa no pensamento.
É de alta relevância considerar essa questão, porquanto no
pensamento estão as ordens do que se deve realizar e como
proceder à sua execução. Deixando-se conduzir pelas
manifestações primitivas, habituais, repetem-se, sem resultados
positivos, os labores que mantêm o ser no estágio em que se
encontra, sem o valor moral para alcançar novos patamares do
processo da evolução.
Desde que no pensamento está a diretriz da conduta, pensar
corretamente deve constituir o grande desafio de quem almeja o
triunfo.
Em decorrência das vivências anteriores, ficaram mais
profundamente marcados os pensamentos de dor, de angústia,
de pessimismo, em razão da sua força desequilibradora. São
essas evocações inconscientes que primeiro assaltam a casa
mental do indivíduo no seu cotidiano.
Vinculado aos mecanismos repetitivos da conduta sofredora,
ele mantém as tendências para o masoquismo, cultivando, sem
dar-se conta, os hábitos mentais geradores de conflitos e de
padecimentos.
Constrói a ideia, e sofre-a, de que tudo sempre lhe há de sair
mal, não se esforçando para que as suas tentativas de mudança
se coroem de resultados positivos. Preserva conceitos destrutivos
a respeito das pessoas, coisas e acontecimentos, alimentando a
fonte das irradiações mentais de cargas pesadas quão
degenerativas, que lhe impossibilitam o direcionamento correto,
franco e saudável, que recarrega de energias realizadoras os
centros da vontade então viciada.
Tornando-se vítima espontânea desse pessimismo, que
sustenta no campo das idéias, estabelece padrões negativos a
respeito de situações e pessoas, não alterando a forma de pensar
nem de agir, assim vivendo sob o estigma do mau humor, das
insinuações malsãs, da falta de sorte, em que se refugia a fim de
evitar a luta necessária para o êxito. Os seus clichês mentais
sobrepõem-se a todas as visões de limpidez psíquica a respeito da
vida e das demais criaturas, tornando-se a sua existência um
caos psicológico, por falta exclusiva do desejo de alterar a forma
de pensar e de ser.
Desde que todas as expressões do evoluir dependem do
pensamento, porque dele provêm, é fácil pensar de forma
variável, substituindo aquele que seja incorreto por outro que
pareça favorável. Como a pessoa poderá dizer que não sabe
discernir qual o ideal daqueloutro que é pernicioso, basta que
faça uma avaliação do que lhe constitui bengala para sustentar o
já experimentado e perturbador, passando a novo tentame de
construção diferente.
A princípio, a acomodação levará o indivíduo a repetir-se e a
não acreditar no êxito da experiência em formação. Cabe-lhe,
nesse caso, insistir e perseverar, abrindo novo espaço no campo
mental viciado, plantando as sementes novas do otimismo e da
esperança, a fim de sair do estado doentio. Logo depois, é
imprescindível começar a valorizar tudo quanto se encontra à sua
volta, estabelecendo novos padrões de compreensão, assim
libertando-se das construções negativas-pessimistas.
O novo hábito se irá implantando lentamente no subconsciente
até tornar-se parte integrante do comportamento.
Pensar bem ou mal é uma questão de hábito. Toda vez que
ocorrer um pensamento servil, doentio, perverso, malicioso,
injusto, de imediato substituí-lo por um digno, saudável,
amoroso, confiante, justo, sustentando-o com a onda de
irradiação do desejo de que assim seja realizado. O que se pensa,
torna-se realidade, como é natural. Eis por que, pensar e agir são
termos da mesma equação existencial. Primeiro pensar, para
depois atuar, a fim de que não venha a agir antes, arrependendo-
se quando passe a reflexionar.
As construções mentais superiores, que produzem os hábitos
saudáveis, renovam-se e crescem no ser, originadas do Espírito
que as capta do Pensamento Divino, de onde procedem todas as
forças da edificação e da realização total.

Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco          " Vida, desafios e soluções "

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