Olá,
Se confias em Deus, alma querida,
Vem com Jesus, do lar, que te resguarda e eleva,
Ao vale da aflição onde vagam na sombra
Os romeiros da angústia e as vítimas da treva!…
Na crença que te nutre, acende a chama
Do amor que te desvende, trilha afora,
Os convidados d’Ele ao banquete da vida,
Os que formam na Terra a multidão que chora.
Vamos!… Jesus, à frente, nos precede,
Insistindo por nós, de caminho a caminho,
E pede proteção ao que segue em penúria,
Reconforto a quem vai padecente e sozinho…
Aqui, passam em bando, aos ímpetos do vento,
Pequeninos sem fé, sem apoio, sem nome.
Que fazem? de onde vêm? aonde vão? ninguém sabe
E nem sabe explicar a mágoa que os consome;
Ali, geme, sem teto, o doente esquecido
Além, tropeça e cai, sem a escora de alguém,
O velhinho largado à vastidão da noite,
Que recebe, por leito, a terra de ninguém;
Mais adiante, é a viuvez cansada de abandono,
Almas na solidão de torturante espera,
Implorando socorro ao telheiro vazio,
A recolher somente a dor que as dilacera;
Flagelam-se, mais longe, os tristes companheiros
Que andaram sem pensar, nas veredas do crime,
Rogando leve olhar de bondade e esperança,
Numa frase de paz que os restaure e reanime!…
Ante os erros que encontres, não censures
Nem te queixes… Trabalha, alma querida!…
Deus quer misericórdia!… Ama, serve, abençoa
E Deus te susterá nas provações da vida,
Vem como és e auxilia quanto possas,
Não clames pelo Céu, sonhando em vão!…
Nosso Senhor te aguarda tão somente,
Traze teu coração!…
.Maria Dolores/ Francisco C. Xavier "Poetas Redivivos"
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