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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ESPIRITIMO E LAR III

 Olá,

Agora, os casamentos sacrificiais.
Esses reúnem almas possuidoras de virtude e sentimentos opostos.
É uma alma esclarecida, ou iluminada, que se propõe ajudar a que se atrasou na jornada ascensional.
Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para um dos cônjuges.
E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem.



Não há regra para isso.
Temos visto senhoras delicadíssimas, ternas e virtuosas, que se casam com homens ásperos e grosseirões, de sentimentos abjetos, do mesmo modo que existem homens, que são verdadeiras jóias de bondade e compreensão, consorciados com mulheres de sentimentos inferiorizados.
A isso se dá, com inteira propriedade, a denominação de casamentos sacrificiais.

Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofrendo, o objeto de sua afeição.
Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardado, a fim de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada.
É o vanguardeiro, compassivo, que renuncia aos júbilos cabíveis ao vencedor, e retorna à retaguarda de sofrimento para ajudar e servir.
O casamento sacrificial é, pois, em resumo, aquele em que um dos cônjuges se caracteriza pela elevação espiritual, e o outro pela condição evolutiva deficitária.

O mais elevado concorda sempre em amparar o desajustado.
Assim sendo, a mulher ou o homem que escolhe companhia menos elevada deve “levar a cruz ao calvário”, como se diz geralmente, porque, sem dúvida, se comprometeu na Espiritualidade a ser o cireneu de todas as horas.

O recuo, no caso, seria deserção a compromisso assumido.
 Mais uma vez se evidencia o valor do Evangelho nos lares, como em toda a parte, funcionando à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento.

Os casamentos denominados afins, no sentido superior, são os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam.
São Espíritos que, pelo matrimônio, no doce reduto do lar, consolidam velhos laços de afeição.

Por fim, temos os casamentos que denominamos de transcendentes.
São constituídos por almas engrandecidas no amor fraterno e que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral.
A vida desses casais encerra uma finalidade superior.
O ideal do Bem enche-lhes as horas e os minutos.
O anseio do Belo repleta-lhes as almas de doce ventura, pairando, acima de quaisquer vulgaridades terrestres, acima do campo das emoções inferiores, o amor puro e santo.

Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo for o caso, por toda essa sequência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior.
Enquanto não atingirmos tal situação, o Senhor, pelo seu Evangelho, irá enchendo de paz a nossa vida. E o Espiritismo, abençoada Doutrina, repletará os nossos dias das mais sacrossantas esperanças...

ESTUDANDO A MEDIUNIDADE    MARTINS PERALVA

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