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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vida - Curando a dor da morte

Olá,

A morte não mata o amor aos nossos filhos. Só amando a Deus você consegue entregar dois filhos de volta, sem que essa dor destrua você e sem que você atrapalhe o seu filho do lado de lá.
Célia Diniz
Mãe de Rangel e Mariana, desencarnados aos 3 e 27 anos de idade respectiva-mente, em depoimento constante do livro As Mães de Chico Xavier, organização de Saulo Gomes, InterVidas.


Poderíamos comparar a morte ao retorno de um homem a sua pátria após longo período no estrangeiro.
Somente conseguiremos curar a dor da partida do ente amado quando aceitarmos essa realidade, isto é, quando admitirmos que a vida na Terra é passageira, apenas uma etapa que o Espírito cumpre dentro do ciclo evolutivo, sem jamais deixar de existir em outros planos de vida.

Nossa missão na Terra

Renascemos no mundo físico para realizar estágios de aprendizado visando ao nosso progresso intelecto-moral.
Cada um vem com uma cota diferente de tempo, proporcional às experiências que deve realizar. Quanto mais experiências programadas, maior o tempo disponível. Quanto menor a necessidade de experiências, menor o tempo de duração da reencarnação.
Cumprido esse período, seja ele maior ou menor, deixamos o plano terreno e retornamos às regiões espirituais com a bagagem das vitórias alcançadas e das lições não aprendidas.
 Segundo O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão n. 85.

A partir desse balanço, programamos futuras experiências de regresso ao planeta Terra através de novas reencarnações, sempre visando ao nosso adiantamento. Nisso compreendemos um
dos princípios básicos do Espiritismo a respeito da nossa evolução espiritual:
Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuada-mente, tal é a lei.
 Allan Kardec, O educador e o codificador, Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, vol. II FEB.

É sob tal aspecto que precisamos encarar a morte. Ela é apenas uma parte do ciclo da nossa evolução. É o término de uma fase, mas não é o fim de tudo, apenas o recomeço de uma nova etapa. A morte não dá a última palavra porque a vida sempre triunfa onde quer que o espírito se encontre.
 O jovem Alex concluiu o tempo que lhe fora destinado pela Justiça Divina e voltou ao mundo espiritual mais amadurecido com as experiências realizadas. E do lado de lá manda notícias através da abençoada mediunidade de Chico Xavier, chamando a atenção dos pais para questões muito importantes. Destaco aqui os seguintes pontos para a nossa reflexão, porque, cedo ou tarde, todos nós também um dia experimentamos a dor da separação de alguém que nos é muito caro e que viajou para as regiões do infinito.
1-Querido pai, não acham você e a mãezinha que já choramos o suficiente?
No mundo espiritual, Alex está preocupado com os pais que não param de chorar. Ele deixou o plano físico no mês de julho de 1982 e a mensagem a que estamos nos referindo é de fevereiro de 1984, portanto um ano e sete meses após a sua desencarnação.
É justo que choremos a partida de um ente amado, é perfeitamente compreensível e humano que derramemos lágrimas de dor nesses momentos de sofrimento, sobretudo quando somos surpreendidos com uma partida inesperada, como ocorreu com os pais de Alex. Mas esse choro de lamentação ou revolta precisa ter fim, e é exatamente isso que Alex está tentando dizer aos pais: chega de choro, chega de tristeza. Quando a nossa tristeza não tem fim, estamos a um passo muito próximo da depressão. É por tal razão que Alex diz ao pai:
2-Não permita que a tristeza lhe ensombre o espírito.
Ensombrar é encobrir-se de sombra. Portanto, podemos afirmar que a tristeza é uma sombra em nossa vida, como se fosse uma nuvem que impede os raios do sol iluminar o nosso caminho.
Quem se deixa contaminar pela tristeza fecha as portas da felicidade em seu caminho. Até hoje ninguém conheceu uma pessoa verdadeiramente feliz que vive seus dias numa tristeza sem fim. O pai de Alex experimentava semelhante situação. Estava com a alma coberta pelas sombras da tristeza, e por isso preocupava bastante o filho, que não obstante estivesse vivendo no mundo dos espíritos, sentia e sabia tudo o que se passava com os familiares que ficaram na terra. A tal respeito, vejamos as palavras consoladoras do Espírito Sansão:
" ...Mães, sabeis que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revelam uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus."
 O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. V, item 21.

A saudade fica para sempre, mas a tristeza e a revolta devem passar porque compreendemos que nossos entes queridos não morreram nem se desligaram de nós, apenas se transferiram de domicílio para as regiões espirituais, vamos assim dizer, mudaram de endereço, mas ainda conservam os laços de amor e amizade que a morte não destrói. Alex compreendeu que, após um ano e sete meses de sua partida do plano físico, já era hora de os pais trocarem as lágrimas de tristeza pela compreensão de que a morte não existe e que os que se amam sempre estarão juntos pelos fios invisíveis do pensamento. É por tal razão que o filho suplica ao pai:
3-Preciso de sua tranquilidade e da sua força de pai e companheiro a fim de complementar a minha transfiguração.
Muitos espíritos no além sofrem pela intranquilidade dos familiares que ficaram na Terra. Como foi dito, nossos entes queridos após a morte continuam ligados a nós e sentem tudo o que se passa conos-co. Nossa alegria deixa-os contentes e nossa tristeza os entristece. Nossos elogios os abençoam e nossas críticas os perturbam.
 Daí porque o jovem Alex escreveu dizendo que necessitava da tranquilidade do pai, precisa da sua força e companheirismo, a fim de seguir tranquilo e confiante em sua nova etapa de vida.
Nosso amor pelo amigo querido que partiu não se acaba com a morte. O que faríamos a ele se estivesse encarnado conosco precisamos continuar fazendo após a viagem que ele empreendeu ao mundo espiritual.
 O amor carece de se tornar mais forte na distância, a amizade precisa se engrandecer mais ainda ante as barreiras que separam os dois planos da vida. Mas falamos de um amor alegre, e não de um amor triste que faz sofrer quem partiu. Falamos de um amor sem apego e que aceita a viagem do ente querido na certeza que isso era absolutamente necessário ao seu progresso espiritual e não de um amor que, amiúde, só pensa em si mesmo e nos prejuízos que a falta do outro nos causará. Quem partiu continua precisando do nosso amor.
Vejamos o que Alex pede ao seu pai:
4-Lembre-me alegre e feliz. Não mentalize o meu quadro final na experiência que passou. Esteja certo de que viveremos e de que Deus só permite a perenidade da alegria.
Os que ficam na Terra precisam ajudar os que partem com bons pensamentos, boas palavras, boas lembranças e boas atitudes. Alex pede ao pai que se lembre dele alegre e feliz. Ele não quer que o pai fixe o pensamento nos momentos finais da existência física, naqueles derradeiros instantes em que a parada cardíaca retirou o filho do mundo físico.
Alex clama ao pai que o relembre alegre e feliz e explica que Deus só nos deseja a alegria constante pela certeza de que viveremos todos para sempre. Que maior alegria poderemos ter ao saber que nossos amores não morreram, que a morte não roubou nossos filhos, que todos venceram a frieza da sepultura e vivem nas cercanias do além, muito próximos a nós, à espera do grande dia do nosso reencontro. Saudade, sim; tristeza, não.

Meditemos nesta mensagem, de autoria desconhecida, mas que tão bem reflete a voz das almas queridas que hoje se encontram no mundo espiritual querendo curar o nosso coração das feridas da morte:
 Mensagem atribuída por alguns a Santo Agostinho, embora não haja fonte segura para tal afirmação.

A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
 Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho.
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.

José Carlos de Lucca - Cura e Libertação

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