Olá,
Podem os Espíritos descrever a natureza de seus sofrimentos ou da felicidade de que gozam?
“Perfeitamente e as revelações desta espécie são um grande ensinamento para vós outros, porquanto vos iniciam no conhecimento da verdadeira natureza das penas e das recompensas futuras. Destruindo as falsas ideias que hajais formado a tal respeito, elas tendem a reanimar a vossa fé e a vossa confiança na bondade de Deus. Os bons Espíritos se sentem felizes em vos descreverem a felicidade dos eleitos; os maus podem ser constrangidos a descrever seus sofrimentos, a fim de que o arrependimento os ganhe. Nisso encontram eles, às vezes, até uma
espécie de alívio: é o infeliz que se lamenta, na esperança de obter compaixão.
“Não esqueçais que o fim essencial, exclusivo, do Espiritismo é a vossa melhora e que, para o alcançardes, é que os Espíritos têm a permissão de vos iniciarem na vida futura, oferecendo-vos dela exemplos de que podeis aproveitar. Quanto mais vos identificardes com o mundo que vos espera, tanto menos saudosos vos sentireis desse onde agora estais. Eis, em suma, o fim atual da revelação.” O L.M. Questão nº 292 Parágrafo 22º
É possível conhecêlos, de perto.
Surgem, quase sempre, na categoria de loucos e desmemoriados, entre a
negação e a revolta.
São criaturas desencarnadas, Espíritos que perderam o corpo físico e,
porque se detiveram deliberadamente na ignorância ou na crueldade, não encontram
agora senão as próprias recordações para viver e conviver.
Encerravam-se na avareza e prosseguem na clausura da sovinice.
Abandonavam-se à viciação e transformam-se em vampiros, à procura de
quem lhes aceite as sugestões infelizes.
Abraçavam a delinquência e sofrem o látego do remorso, nos recessos da
própria alma.
Confiavam-se à preguiça e carreiam a dor do arrependimento.
Zombavam das horas e não sabem o que fazer para que as horas não
zombem deles.
São tantas as aflições que descobrem nas paisagens atormentadas da mente
iludida, que são eles — homens e mulheres que escarneceram da vida — os
verdadeiros autores de todas as concepções de inferno, além da morte, que hão
aparecido no mundo, desde a aurora da razão no campo da Humanidade.
*
Antigamente, a abordagem de semelhantes companheiros era obscura e
quase que impraticável.
Hoje, porém, com a mediunidade esclarecida, é fácil alivia-los e socorre-
los.
Podes, assim, velos e ouvilos, nos círculos medianímicos, registrando-lhes
as narrativas inquietantes e as palavras amargosas; no entanto, ajuda-os com respeito
e carinho, como quem socorre amigos extraviados.
Não te gabes, porém, de doutriná-los e corrigilos, porque a Divina
Bondade nos permite atende-los, buscando, com isto, corrigir-nos e doutrinar-nos na
Terra e além da Terra, a fim de que saibamos evitar todo erro, enquanto desfrutamos
o favor do bom tempo.
Podem os Espíritos descrever a natureza de seus sofrimentos ou da felicidade de que gozam?
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Seara dos Médiuns "
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