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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Nova Era - Alegria de viver

Olá,

“...e o vosso coração se encherá de gozo, e
esse gozo ninguém vo-lo tirará.”  João  16,23

O pessimismo envenena a fonte da vida, destruindo em nosso espírito a alegria de viver.
A origem desse estado mórbido, dessa lepra da alma está na irrealização dos ideais que acalentamos. Por isso o pessimismo ataca mais a velhice que a mocidade.

Esta alimenta ilusões, sonhos, esperanças fagueiras, donde lhe advêm entusiasmo, coragem e
arroubo, elementos estes que agem como preventivo contra aquele terrível mórbus.
Na velhice, as ilusões dissipam-se, as quimeras desvanecem-se e, com elas, o
entusiasmo e a alegria de viver.
Da escolha, pois, do ideal que constitui objeto de nossas aspirações, tudo depende.
A alegria de viver vem do ideal. Ela não existe onde o ideal falece, visto como este é o
manancial que a sustenta. Quando este seca, a vida morre, porque não há vida onde não
há alegria de viver. A vida há-de ser vivida com prazer, seja qual for a emergência em
que nos encontremos, transcorra ela num palácio ou numa tapera, no fastígio do poder
ou na obscuridade extrema.
Se a velhice é pessimista, é porque na mocidade nutriu ideais rasteiros ou
quiméricos. O espírito não envelhece: é imortal.
Na imortalidade não há decrepitude, porque não há morte. O pessimismo, portanto, não é fruto da decadência da matéria, é, antes, consequência da descrença e da desilusão quanto aos ideais entusiasticamente acalentados.
Se eles eram falhos e irrealizáveis; ou se não corresponderam, pela sua
natureza, às necessidades da alma, hão-de ocasionar amargas decepções, que destruirão
a energia e a fé, mergulhando os espíritos no pessimismo, que é a sepultura da vida.
Cumpre, pois, analisarmos cuidadosamente o ideal que alimentamos. Ele deve ser
puro, elevado, e, sobretudo possuir o cunho inconfundível da realidade.
Nada de edificações sobre a areia. É na rocha que devemos apoiar seus fundamentos.
Precisamos adquirir convicção inabalável a respeito de sua realidade e de sua grandeza. A convicção
vem da prova. À medida que formos consumando nosso ideal, nossa alegria de viver há de
aumentar de intensidade, suportando todas as lutas, todas as provações, todos os
reveses.
A alegria de viver será em nós indestrutível, segundo assevera o Mestre:
 "...e o vosso coração se encherá de gozo, e esse gozo ninguém vo-lo tirara”.
O ideal donde emana essa fonte perene de gozo e de vida não é deste mundo. Seu
reino não é daqui. Havemos de realizá-lo dentro, e não fora de nós.
No mundo teremos tributação, porém, com o ideal, venceremos o mundo. Não devemos impressionar-nos com as maldades e a corrupção do século.
O reino da justiça e do amor deve ser um fato em nosso interior, no recesso de nossos corações.
Os escândalos, de que o mundo é pródigo, abatem as energias morais, predispondo ao pessimismo. Mas se considerarmos que o reino de Deus nada tem com o exterior, não seremos atingidos pelos escândalos, por maiores que eles sejam.
Ainda que se multiplique a iniquidade, nossa fé não arrefecera.
 O ideal supremo, único, digno de nossas aspirações, nos fará perseverar até ao fim, sem temores nem
desfalecimentos. Nossas almas permanecerão no estado de otimismo contínuo,
correspondendo à tal fonte de água viva que do nosso interior fluirá para a eternidade,
conforme Jesus disse à Samaritana.

Vinícius         " Nas Pegadas do Mestre"

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