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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MEDIUNIDADE - A LUCIDEZ

Olá,

Richet definiu lucidez como sendo: — “o conhecimento pelo individuo  de um fenômeno qualquer, não perceptível ou cognoscível pelos sentidos normais, fora de qualquer transmissão mental consciente ou inconsciente.”
Com esta definição puramente científica quis o eminente investigador dizer que se trata de uma faculdade espontânea, não ligada aos sentidos físicos e não dependente de efeitos telepáticos, faculdade do próprio indivíduo, independente de interferências externas e que se manifesta por si mesma.



Em uma palavra: a intuição.
Mas como incluímos também a vidência e a audição nos quadros da lucidez, não podemos, em que pese o respeito que nos merece o criador da metapsíquica, aceitar “in-totum” essa definição.
E isso nos obriga, por nossa vez, mesmo sem possuirmos a autoridade científica do insigne mestre, a definir a faculdade, —o que fazemos para nosso uso — da seguinte forma: lucidez é a faculdade mediante a qual os médiuns podem ver, ouvir e conhecer além dos sentidos comuns e dos limites
vibratórios da luz e do som, naturais ao mundo físico.
Não vêem nem ouvem, é claro, com os sentidos físicos mas com outros mais elevados, abertos no plano hiperfísico onde esses sentidos, por outro lado, não se localizam em órgãos, pois sabemos que se ouve e que se vê por todo o perispírito; e não percebem ou aquilatam com a Razão mas por meio de
um sentido interno, de grande poder e amplitude, ainda pouco desenvolvido no homem atual.
Isso não se pode materialmente explicar porque está ligado ao conhecimento quadrimensional, que ainda nos escapa neste plano, mas tentaremos esclarecer por partes alguns aspectos mais acessíveis do
problema.
É sabido que o olho físico, como o ouvido físico, somente alcançam determinados limites de luz e de som e que esses limites não são iguais para todos, isto é: há pessoas que vêem e ouvem mais que outras.
Não se trata de nada orgânico, constitucional, mas de maior capacidade de percepção, de sensibilidade, de susceptibilidade espiritual.
Vivemos dentro de um verdadeiro mundo de vibrações diferentes, das quais a maioria de nós somente percebe, ou melhor, responde, a uma pequeníssima parte.
Se se antepuser um prisma de bisulfito de carbono aos raios solares obteremos, sobre uma superfície neutra, uma projeção luminosa de cores diversas e básicas, denominada espectro solar.
Determinadas pessoas fixarão os limites dessa projeção em dado ponto e outras os marcarão em pontos mais amplos; uns verão o violeta atingir pontos mais afastados, outros menos, e igual circunstância ocorrerá com o vermelho.
Em suma todos demonstrarão percepção diferente.
Aquele, porém, que determinar limites mais amplos nos dois extremos do campo da projeção, esse terá forçosamente maior poder de visão.
Quanto à audição dá-se o mesmo: produzindo-se um som excessivamente grave ou excessivamente agudo em local onde estejam varias pessoas, algumas o perceberão outras não. Aquele que puder ouvir o som plenamente e conseguir identificá-lo na escala, esse terá maior poder auditivo.
E haverá um ponto ou um momento em que as vibrações dos dois mundos, cada uma na sua espécie, se equilibrarão, se sintonizarão, o mais alto do mundo físico fundindo-se ao mais baixo do mundo hiperfísico.
Ora, o médium de lucidez é aquele que possui a capacidade (visão, audição ou intuição) levada a esse ponto de equilíbrio, de sintonia, que o coloca entre os dois mundos, sendo-lhe ambos acessíveis.
E antes de entrarmos na análise mais detalhada dessa mediunidade de lucidez devemos declarar que na vidência e na audição o médium age tanto em estado consciente, como semi-consciente, como inconsciente.
No que respeita à intuição, finalmente, trataremos do assunto um pouco mais para diante.

MEDIUNIDADE           EDGAR ARMOND

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