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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

MEDIUNIDADE - MANDATO MEDIÚNICO

Olá,

O exercício comum da mediunidade, mesmo nos serviços assistenciais, é coisa diferente do «mandato de serviços mediúnicos».
Médiuns existem aos milhares colaborando, ativamente,
 nos centros espíritas; todavia, raríssimos estão investidos de mandato.





Somente depois de longas experiências, cultivando a renúncia e o sacrifício, sofrendo a ingratidão e conhecendo a dor, pode o Espírito reencarnar e exercer, entre os companheiros da Terra, tão extraordinário encargo.
Assim como no plano terrestre a outorga de procurações atende, em princípio e substancialmente, aos fatores «mérito», «confiança» e «competência», é plenamente compreensível que, em se tratando de assuntos divinos, idêntico seja o critério de merecimento.

Quem deseja defender, com êxito, uma causa na Justiça comum, inegàvelmente concede poderes de representação a respeitável cultor do Direito, capacitado a desincumbir-se da missão com brilhantismo e galhardia.
Naturalmente, os interesses humanos podem ser confiados, eventualmente, a procuradores menos brilhantes, nas causas de somenos importância.
Todavia, nos grandes empreendimentos a outorga, plena e irrestrita, é concedida àqueles que, por uma vida exemplar e um longo tirocínio, não decepcionem o outorgante.

Analisando o problema do mediunismo, identificaremos Jesus-Cristo como o Divino Outorgante, e os médiuns como os outorgados de Seu Poder, capazes de o representarem com fidelidade até ao fim.
Entretanto, para que o médium se torne digno de um mandato, nas especialíssimas condições do capítulo assim denominado no livro que serve de base a este —capítulo «Mandato mediúnico» —, tem de ser portador de virtudes excepcionais, a fim de que não fracasse no tentame extraordinário.

O médium pode ser equilibrado, ter boa conduta e boa moral; contudo, será apenas «um médiun», na acepção comum, se não incorpora à sua individualidade valores conquistáveis ao preço de perseverantes sacrifícios, através dos séculos ou dos milênios sem conta.
Mandato mediúnico — porto de chegada de todos os obreiros da seara mediúnica — exige condições especialíssimas, tais como:
a) — Bondade
b) — Discrição
c) — Discernimento
d) — Perseverança
e) — Sacrifício.

Eis, em síntese, as qualidades que asseguram ao médium o sublime direito de receber um mandato mediúnico!
Bondade, para quê?
Para atender, com o mesmo carinho e a mesma boa vontade, todos os tipos de necessitados, sem qualquer expressão de particularismo.
O médium comum atenderá segundo as próprias conveniências, inclusive afetivas, distinguindo Fulano de Beltrano.
Sem dúvida é um trabalhador que faz o que pode, todavia serve, ainda, dentro de um estreitismo e de certas restrições que colidem, frontalmente, com a beleza e a expansibilidade, a excelsitude e o universalismo do pensamento e da obra de Nosso Senhor Jesus-Cristo.

O médium investido de mandato é bondoso com todos.
Para ele são iguais o rico e o pobre, o feio e o bonito, o preto e o branco, o mendigo e o aristocrata, o moço e o velho, o homem e a mulher.
A discrição é um dos belos atributos do mandato mediúnico. Discrição para conhecer e sentir, guardando-os para si, dramas inconfessáveis e lacunas morais lastimáveis.
O médium, de acordo com as suas possibilidades psíquicas, pode, com a simples aproximação do irmão que o procura, identificar-se com problemas íntimos, desde as deficiências morais à responsabilidade por delitos ocultos.

A discrição do médium resguarda o visitante da humilhante posição de quem vê descobertas as mazelas que olhos comuns não percebem.
Médium palrador seria igual a padre indiscreto, se um e outro existissem.
Ao invés do sacerdócio da compreensão, a tirania da maledicência.
No lugar do silêncio, o comentário leviano.

Outra qualidade que caracteriza o mandatário da Espiritualidade Superior é o discernimento.
Discernimento, porque e para quê?
Para examinar sensatamente as coisas, os problemas e as situações e dar-lhes a melhor, mais oportuna e mais sábia solução.
O médium tem de lutar, portanto, mediante o estudo, o trabalho e o esforço constante de auto-evangelização, para adquirir a faculdade do discernimento, a fim de «ajudar os outros para que os outros se ajudem», corrigindo, assim, a preguiça e a revolta, a vaidade e o comodismo, a leviandade e a má fé.

" Estudando a Mediunidade"  Martins Peralva.

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