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quarta-feira, 26 de junho de 2013

LIBERTAÇÃO DO ESPÍRITO

Olá,

O espírito, mesmo vinculado ao corpo físico, goza de
relativa liberdade face às propriedades de seu perispírito.
Não só após a morte, mas principalmente durante o sono,
 o espírito se liberta do corpo, mantendo-se a ele ligado, para se relacionar com outros em idêntica situação ou com
aqueles que já retornaram à vida espiritual. 
Ao despertar ele terá, por intermédio dos sonhos, vaga lembrança do que ocorreu. 
Há casos em que o espírito se liberta do corpo, no sono ou 



no estado de vigília, de forma consciente, sendo possível que escolha livremente o que fazer e aonde ir. Esse fenômeno é conhecido com o nome de viagem astral ou desdobramento, onde o espírito guarda nítida e vívida impressão de quase tudo que lhe ocorreu durante aqueles momentos que passou em estado alterado de consciência.
 A Bíblia está repleta de casos de desdobramentos em que seus protagonistas contaram seus encontros com “anjos” e com “Deus”.
O sonambulismo é um estado parcial de emancipação do espírito, em que, às vezes, ele consegue, utilizando-se de seu próprio corpo, estabelecer relativa comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material. 
Outros estados característicos de emancipação do espírito ocorrem nos casos de catalepsia, morte aparente e nos comas. Nesses momentos, os espíritos costumam encontrar-se com outros
e registrar as ocorrências que se dão à sua volta.
 São muito comuns os relatos de pessoas que permaneceram conscientes quando passaram pelo estado de coma, ou durante cirurgias em que se submeteram a anestesia geral, ou sofreram violento trauma em que desacordaram, acerca dos acontecimentos decorridos à sua volta com médicos e enfermeiros, sem que pudessem fazer alguma coisa em favor de seu próprio restabelecimento.
A saída definitiva do espírito do corpo físico se dá com a morte deste e consequente desencarnação daquele. A desencarnação é o fenômeno que liberta o espírito daquilo que foi seu corpo físico, devolvendo-o à sua verdadeira condição. 
A desencarnação é o mecanismo natural de transferência para outra realidade da Vida.
Todos os espíritos estão sujeitos a ela bem como ao seu retorno a uma nova experiência na carne, até que, evoluídos, libertem-se definitivamente das encarnações.
Quando a desencarnação ocorre de forma provocada, decorrente da eutanásia, do homicídio ou do suicídio, o espírito perturba-se face ao desconhecimento do significado da vida no corpo. Muitas vezes o espírito permanece vinculado ao corpo, mesmo depois de decorrido algum tempo de morto, face à sua ligação vital com ele. 
eutanásia não permite que o espírito, durante aqueles momentos de dor e sofrimento, reflita e se melhore, aproveitando a situação para entender os mecanismos sutis de que se utilizam as leis de Deus para educá-lo, visando seu próprio progresso. Cercear essa possibilidade pode significar adiar a oportunidade de fechar ou refletir sobre um ciclo de provas em curso.
Em geral, o suicida sofre após seu ato principalmente tendo em vista a constatação da continuidade da vida. O motivo pelo qual tomou aquela decisão lamentável não cessa após a morte do corpo físico, pois sua personalidade continua intacta e frágil da mesma forma. Via de regra o suicida reencarna para completar o tempo desperdiçado.
A vida no corpo é uma oportunidade para o espírito educar-se e preparar-se para novas jornadas cada vez menos dolorosas e em mundos mais adiantados, onde terá maiores oportunidades de crescimento. Nesse sentido, viver é educar-se para morrer, pois o faz retornar ao seu mundo de origem, creditando-o a novas realizações superiores.
Da mesma forma que a eutanásia e o suicídio, as mortes por assassinatos e pelo aborto também provocam perturbação ao espírito pela sua expulsão involuntária do corpo físico. O aborto geralmente trás consequências psicológicas àqueles que participaram direta e indiretamente no seu processo. A culpa e o remorso são componentes básicos dos sofrimentos de seus causadores.
O desrespeito à vida significará a necessidade de aprender a valorizá-la no futuro, ensejando algum processo educativo. O espírito nunca dorme nem cessa sua atividade psíquica. O sono, que é do corpo, não interrompe sua atividade e seu estado consciencial. É durante o sono que o espírito se liberta do corpo, comunicando-se com outros espíritos, renovando seus propósitos na existência atual.
Nesse contato, ele pode se lembrar tanto de suas vidas passadas como também tem acesso a eventos futuros. Seus sonhos, dessa forma, poderão trazer imagens de eventos que efetivamente ocorreram durante o sono, eventos que se deram em vidas passadas e eventos que ainda irão ocorrer.
Neste último caso, são chamados de sonhos premonitórios.
Uma vez liberto das imposições da matéria, o espírito possui mais elementos para antever o futuro, sem contudo poder, de forma absoluta, modificar-lhe o destino. Isto não quer dizer que tudo esteja traçado. Pode o espírito, de acordo com seu grau de evolução, alterar o destino face ao seu livre arbítrio, submetendo-se às consequências naturais da mudança realizada.

Conhecendo o Espiritismo                  Adenauer  Novaes

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