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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Nova Era - Idade Madura II

Olá,

Na juventude, sente-se crescer; no meio da vida,
sente-se amadurecer e é uma das mais nobres e mais produtivas
etapas da evolução humana.
A idade madura é, por excelência, o período de plenitude; é o rio que corre pleno e derrama no prado a riqueza e a fecundidade.
Nas almas evoluídas, ricas pelo capital acumulado em
vidas anteriores, as grandes obras se escrevem ou se esboçam
na juventude; o gênio é adolescente, se podemos nos exprimir
dessa forma. A maioria dos grandes homens da História têm
sentido, desde a sua primeira juventude, subir no horizonte
do pensamento a estrela que devia, um dia, iluminar sua glória
e sua imortalidade.

Mas, para a maioria dos homens —pois o gênio é a exceção —
apenas o talento é a regra comum.
É na maturidade da vida, no meio da floresta, como se exprime
Dante, que se realizam os grandes pensamentos, como as grandes
obras. A arte da vida também consiste em preparar a idade madura,
como o lavrador prepara, às pressas, a colheita.
Seria preciso poder fazer durar longo tempo, muito
tempo, esse período medieval de nossa existência em que a
vida perispiritual está no seu ponto culminante, possui todo
seu poder radiante e vibratório; e para isso, é necessário conservar-lhe
 o maior tempo possível um alimento essencial de ação e de trabalho:
um sangue puro, um sistema nervoso disciplinado,
um corpo vigoroso e são que é apenas o equilíbrio perfeito
sano da vida física, intelectual e moral.
Compreende-se, então, quanto a harmonia e a ordem
do ser humano são coisas difíceis de organizar e de conquistar.
Quantas juventudes brilhantes e cheias de promessas caíram
como flores em abril!
O grande inimigo da idade madura, como da vida inteira,
é o egoísmo. O homem se diminui, se mata pela necessidade
de gozar. As paixões carnais e cerebrais consomem o
homem através dos dois extremos, se assim se pode dizer:
elas esvaziam o âmago do cérebro e do coração. O sangue não se
revigora bastante rápido para retardar a velhice; e é assim que,
mais rápido do que deve, a morte chega.
Portanto, é preciso se dar, para poder retomar
 — o sacrifício é um elemento conservador,
e aquele, diz o Mestre, que toma muito cuidado em
guardar sua vida, compromete-a, por isso mesmo e a perde:
— “Não há ninguém que viva tanto tempo na Terra quanto
aquele que está sempre pronto para morrer”. “Eles te chamam,
tu foges, diz o poeta à morte; quero viver, tu vens!”

Leon Denis                        " O Grande Enigma "

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