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sábado, 18 de julho de 2020

Nova Era - Não Jureis de Forma Alguma!

Olá,

... "  O juramento foi introduzido na vida social da humanidade por causa da desconfiança e inconfidência que, em geral, reinam entre os homens.
 Uns mentem aos outros.
E, quando alguém fala a verdade, ninguém acredita, de tão geral que é o hábito de mentir.
Por isso no intuito de corroborar a verdade de uma afirmação, exigem os homens, que ela seja consolidada por meio dum juramento.
Quem jura invoca a Deus por testemunha, da verdade do que afirma , e, se a sua
afirmação não representa a verdade, mas uma inverdade consciente, então invoca a Deus como testemunha da mentira, o que é uma blasfêmia, chamada “perjúrio”.
É verdade que o juramento oferece maior garantia da verdade do que um simples sim ou não?
Absolutamente não!
Quem é capaz de mentir é capaz, também, de jurar falso. E quem não pode confiar em uma afirmação simples como expressão da verdade, esse, também, não pode confiar em uma afirmação juramentada.
O divino Mestre não está interessado em curar sintomas de doença, mas sim, a própria doença.
A praxe de jurar é sintoma de um mal profundo, que é o hábito de desrespeitar a verdade.
Quem reprime sintomas é charlatão — quem cura a raiz do mal é médico.
O caráter do Evangelho não é simplesmente corretivo, mas sim preventivo.
Se a humanidade se habituasse a nunca mentir, nunca ninguém sentiria a necessidade de jurar, porque um simples sim ou um simples não dariam certeza absoluta.
O comerciante mente sobre o valor e os preços das mercadorias, a fim de acumular matéria morta.
A dona da casa manda a empregada mentir que a patroa não está em casa, para não receber visitas indesejáveis.
O político, o advogado, o diplomata mentem para prestigiar ou desprestigiar uma causa ou uma pessoa.
O estudante mente “colando” uma prova do vizinho em vez de estudar o assunto.
Até a criança mente para não ser castigada.
 Omnis homo mendax— afirma a Sagrada Escritura — todo homem é mendaz.
Por isso , com o fito de fazerem crer aos outros que o que dizem é verdade, julgam os homens necessário jurar, invocando a Deus por testemunha.
O juramento é prole legítima da mendacidade — e como poderia ser puro o filho, se tão impura é a mãe?...
O verdadeiro discípulo do Cristo fez consigo esse pacto sacrossanto, de nunca faltar à verdade, por maiores que sejam as vantagens que a inverdade lhe dê, ou as desvantagens que lhe advenham do culto à verdade.
... A verdadeira felicidade não medra senão em um clima da veracidade absoluta e incondicional.
Os sofrimentos que o culto inexorável da verdade acarreta, não raro, a seus fiéis discípulos, são necessários para que a verdade possa prosperar — assim como o adubo é necessário para a planta poder medrar devidamente.
Sendo que Deus é a própria Verdade, tanto mais divino é o homem quanto mais intransigente cultor da Verdade.
O verdadeiro discípulo do Cristo não pode reduzir-se à condição de ser um passivo refletor da opinião pública e dos vícios sociais, como se fosse um simples espelho — tem a missão sagrada de ser um diretor e orientador de seus semelhantes rumo à grande libertação, rumo às alturas do reino de Deus...

Huberto Rohden " O Sermão da Montanha "

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