Olá,
O fracasso ajuda a gerar o êxito. Aceitemos nossas perdas e jamais
desanimemos ante o serviço do bem.
É imperioso valorizarmos tanto a escassez como a abundância, tanto o
erro como o acerto, pois sempre é possível aprender alguma coisa em
qualquer situação.
Quando doamos nossa boa vontade e nossa melhor intenção e
fracassamos, imediatamente devemos nos perguntar: o que a Divina
Providência está me ensinando?
O verdadeiro insucesso reside em não tirarmos o devido proveito dos
fatos para nosso desenvolvimento espiritual.
Êxito e derrota são duas bandejas que retêm matérias-primas
diferentes, mas que nos conduzem ao mesmo legado sublime – o aprendizado.
A humanidade precipitada, entretanto, identifica na primeira o manjar mavioso
da vitória e na segunda experimenta o alimento insalubre da derrota.
Erros têm
muito a nos ensinar. Eles nos propiciam ocasiões marcantes para o
crescimento interior.
Todos aqueles que se encontram ajustados ao entendimento das leis
divinas passarão a dar igual importância aos acertos e desacertos e usá-los em
prol dos empreendimentos idealizados.
O sábio aprendeu que o êxito do hoje
muitas vezes foi a ruína do ontem, e onde vacilamos agora, amanhã
deslancharemos.
Em nossos compromissos com a administração do grupo espírita, não
devemos sublinhar os fracassos dos outros e os nossos, mas avaliá-los como
proveitosas experiências adquiridas.
Certos projetos poderão não ter alcançado
o resultado que gostaríamos que tivessem, contudo o revés indubitavelmente
nos colocará um pouco mais perto do sucesso.
Se criticarmos impiedosamente os colaboradores responsáveis por um
fracasso em alguma empreitada de assistência ou de organização interna,
esperemos duas prováveis conseqüências: a intensificação do sentimento de
vergonha, frustração e embaraço; ou a hesitação, inibição e resistência em
tentar algo novo, ou a continuidade da mesma tarefa.
Ante as crises e desajustes da equipe, encorajemos os companheiros do
labor espírita, exaltemos os aspectos positivos do esforço mal sucedido e
incentivemos todos a avançar sem esmorecimento. Adicionemos mais trabalho
às nossas já existentes incumbências, e Deus nos abrirá nova caminhada de
acesso ao refazimento.
Como dirigentes, podemos vir a ser classificados mais como críticos do
que orientadores, mais como condenadores do que socorristas. Podemos vir a
adotar uma postura que afastará as pessoas, evitando que nos procurem para
relatar seus desenganos e pedir-nos aconselhamento.
Na tentativa de se
protegerem contra nossas críticas, se fecharão completamente.
Devemos dar todo o apoio e crédito aos que tentaram e não alcançaram êxito, pois a grande maioria nem ao menos lança as mãos no empreendimento,
e tem medo só de tentar.
Diante de quaisquer desafios ou reveses esbocemos um sorriso
esperançoso e promissor, e sigamos avante contando com as bênçãos do mais
Alto.
Entendemos que o orientador não pode conduzir-se como um cego
perante as coisas negativas, desviando constantemente os olhos dos fracassos
e das atitudes errôneas. Quando tiver que lidar com o insucesso ou opinar
sobre ele, deverá enfatizar ao grupo o lado positivo, ou seja, o ensinamento
que se esconde por trás daquela ocorrência infeliz.
Portanto, a mensagem é: na presença de tempestades e aflições, de
ventanias e fracassos, trabalhemos servindo sempre, porque em todo tempo ou
em qualquer situação a atitude certa é a positividade.
A destreza de extrair o bem do aparente mal vai gerar uma excelsa
substância, à feição de tesouro valioso, que energizará os trabalhadores do
Evangelho, conduzindo-os ao dever bem cumprido e às excelências da
edificação do reino dos céus na Terra.
Batuíra/ Francisco do E.S. Neto
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