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domingo, 13 de janeiro de 2013

LEI DE DESTRUIÇÃO -

 Olá,

728. É lei da Natureza a destruição?
“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e
melhoria dos seres vivos.”

752. Poder-se-á ligar o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?



“É o instinto de destruição no que tem de pior, porquanto, se, algumas vezes, a destruição constitui uma necessidade, com a crueldade jamais se dá o mesmo. Ela resulta sempre de uma natureza má.”
O Livro dos Espíritos

Embora nos custe compreendê-lo, a destruição também se constitui lei da natureza, cumprindo um sábio desígnio providencial.
Já foi dito que a vida orgânica é indispensável à evolução dos seres, e daí haver Deus estabelecido as leis de reprodução e de conservação com o fim de, por meio delas, assegurar o desenvolvimento do princípio inteligente que neles se elabora.

Pois bem, a lei de destruição é, por assim dizer, o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de metamorfoses, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e é desse modo que, paralelamente, os seres vão passando por
estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, o reinado da Razão.

Destarte, em última análise, “a destruição não é mais que uma transformação que tem por finalidade a renovação e a melhoria dos seres vivos.”
A parte essencial dos seres — lembram os luminares da espiritualidade — não é o envoltório físico, mas o elemento anímico que o impulsiona, elemento esse que, sendo também imortal nos animais, retorna ao palco da vida terrena para a continuação de sua jornada progressiva, como ocorre com todas as criaturas de Deus.

Sob outro prisma, ao se destruírem uns aos outros, pela necessidade de se alimentarem, os seres infra-humanos mantêm o equilíbrio na reprodução, impedindo-a de tornar-se excessiva, contribuindo, ainda, com seus despojos, para uma infinidade de aplicações úteis à Humanidade.
Restringindo o exame desta questão apenas ao procedimento do homem, que é o que mais nos interessa, aprendemos com a Doutrina Espírita que a matança de animais, bárbara sem dúvida, foi, é e será por mais algum tempo necessária aqui na Terra, devido às suas grosseiras condições de existência. À medida, porém, que os terrícolas se depurem, sobrepondo o espírito à matéria,
o uso de alimentação carnívora será cada vez menor, até desaparecer definitivamente, qual se verifica nos mundos mais adiantados que o nosso.

Aprendemos, mais, que em seu estado atual o homem só é escusado dessa destruição na medida em que tenha de prover ao seu sustento e garantir a sua segurança. Fora disso, quando, p. ex., se empenha em caçadas pelo simples prazer de destruir, ou em esportes mortíferos, como as touradas, o “tiro aos pombos”, etc. terá que prestar contas a Deus por esse abuso, que revela, aliás, predominância dos maus instintos.
No que tange aos flagelos naturais, como as inundações, as intempéries fatais à produção agrícola, os terremotos, os vendavais, etc. que soem causar tantas vítimas, instruem-nos, ainda, os mentores espirituais, são acidentes passageiros no destino da Terra (mundo expiatório), que haverão de cessar no futuro, quando a Humanidade que a habite haja aprendido a viver segundo os mandamentos de Deus, pautados no Amor, dispensando, então, os corretivos da Dor.

Uma vez que a destruição se nos apresenta como uma lei natural, a pena de morte aplicada alhures, com o objetivo de eliminar os elementos tidos como perigosos, será também uma necessidade?

Não! “O homem julga necessária uma coisa, sempre que não descobre outra mais conveniente. À proporção que se instrui, vai compreendendo melhormente o que é justo e o que é injusto e repudia os excessos cometidos nos tempos de ignorância, em nome da justiça”, dizem-nos as vozes do Mundo
Maior.
Com efeito, há muitos outros meios comprovadamente mais eficazes de preservar a sociedade, do que o assassínio daqueles que a prejudicam, mesmo porque todo delinquente é um enfermo da alma, e aos enfermos deve-se acudir com a medicina e não com a morte.
A propósito, cumpre se diga que, graças ao progresso social, diminuiu consideràvelmente o número de povos e dos casos em que tal pena continua em vigor, e dia virá em que será completamente abolida.

AS LEIS MORAIS/ RODOLFO CALLIGARIS

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