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sexta-feira, 31 de maio de 2013

DEUS II

Olá,


Diferente do materialismo, o espiritualismo admite a
existência de alguma coisa além da matéria.
 Há algo que sobrevive à morte do corpo. 
Esse algo é a alma ou espírito.
O corpo é um instrumento para que o espírito possa viver
no mundo material.
 O espiritualismo não alcança a vida espiritual tão amiúde como o espiritismo o faz.


 É espiritualista quem acredite que além da matéria há algo de transcendente a ela. Ser espiritualista não quer dizer ser espírita.
 As grandes religiões da humanidade são espiritualistas. Algumas acreditam na pré-existência da
alma, outras não. O espiritualismo leva a uma esperança no porvir. O aspecto moral passa a ter importância para a situação do ser após a morte. O espiritualismo supera o materialismo por que aponta para um destino estruturante e esperançoso para o homem. Ele assim pode entrever novas
possibilidades de alcançar sua felicidade. Não se fixa num fatalismo destrutivo e angustiante.
Ao se questionar sobre Deus, sobre a origem do Universo e sobre a Vida, o homem percebeu que Sua
existência é necessária, pois que não consegue explicar a origem de tudo que existe sem Ele. Necessariamente ele então buscou uma causa primeira.
 A essa causa primeira, abstrata em sua essência, ele chamou de Deus. A idéia de Deus é necessária para o homem compreender a sua própria natureza.   O homem por si só não se auto-explica.
A idéia de Deus é inata no homem. É como se Deus pusesse sua “marca” na criatura. Não seria possível ser diferente. Mesmo os que dizem não acreditar em Deus têm a consciência de Sua existência. A não crença em Deus, muitas vezes, é consequência de um deus antropomórfico que foi “desenhado” pelas religiões dogmáticas.
 Esse deus está, aos poucos, morrendo, dando lugar ao Deus único, nascido da consciência do ser que se percebeu espírito, em processo de evolução.
Como explicar a existência do Universo?
 Como explicar a harmonia entre os globos, sóis e mundos no infinito? 
Decerto que não foi obra do homem. Há um ser que criou tudo. Se formos buscar aquilo que criou tudo o que existe, chegaremos a um primeiro ser. A esse primeiro ser chamaremos de Deus. Ele poderá ser entendido como o primeiro motor. O motor imóvel, a que se referia Aristóteles.
O conceito de Deus está intimamente ligado ao conceito de Bem e de Mal. Os aspectos morais da crença em Deus surgem desde seus primórdios, quando o homem relacionava seus infortúnios e suas alegrias às manifestações “sobrenaturais” da natureza.
 O medo do castigo, o receio das punições, as recompensas desejadas, foram responsáveis pela introdução daquele aspecto na crença em Deus. O reconhecimento da criação, a percepção da beleza na natureza, a percepção do amor e da harmonia, também contribuíram para acreditar-se em Deus como sendo o Amor, como contraposição ao que se recebia da natureza, considerada agressiva.
 A sombra do homem, que significa seu desconhecimento de sua personalidade e a negação do que é considerado mal como inerente a si mesmo, o que, em última análise, é o desconhecimento das
Leis de Deus, levou-o a criar o conceito de mal. 
O mal é a ausência do bem. É uma criação abstrata, não tem existência real. É apenas a impossibilidade de enxergar-se o bem. Ambos os conceitos são importantes para o homem encontrar a verdadeira essência das coisas.
Deus criou os seres para evoluírem e alcançarem a perfeição, a qual é o perfeito conhecimento de Suas leis. Quando o homem conhecer e praticar as leis de Deus, estará livre da influência do mal. 
O mecanismo que liga o homem ao criador é a oração, a prece. Com a prece, nascida da essência do homem, ele se eleva ao criador.
 A oração é uma forma de se elevar o pensamento e de se conectar ao espiritual. A oração alivia, acalma e cura. Seu poder se estende além da crença, tendo influência no estado físico, psicológico e espiritual de quem a utiliza.
A fé é um elemento importante, porém não essencial, para a compreensão da existência de Deus. O significado de se ter fé, transcende à crença cega em algo dogmaticamente estabelecido.
 No Espiritismo a fé exige raciocínio, emoção, discernimento e lógica para a consciência da existência de
Deus se estabelecer. A fé em Deus significa a compreensão lógica e sentida de Sua existência. No Espiritismo a fé é raciocinada em bases lógicas, claras e emocionais.
A fé e a oração colocam o homem em contato com Deus, estabelecendo, de acordo com a forma e o conteúdo, uma relação de submissão ou identidade. A submissão vem da atitude petitória e louvatória e a identidade de uma tentativa de identificação com os objetivos divinos.
A idéia de Deus, no Espiritismo, é completamente destituída de antropomorfismo, sendo o Universo
consequência de Sua vontade. O Bem é visto como finalidade última, manifestada na harmonia e se apresenta em diferentes níveis de compreensão. O homem, que em sua essência é o espírito, juntamente com as Leis universais, é a Criação de Deus.


Conhecendo o Espiritismo                                       Adenauer   Novaes 

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