Olá,
O que atua no ser humano quando ele pensa?
É o inconsciente que se apresenta à consciência?
Uma idéia nova é uma intuição que procede como resposta a um estímulo ambiental?
É um pressentimento de que algo vai acontecer?
É a conscientização da dinâmica do inconsciente ou fruto de um estímulo telepático?
Será que a mediunidade está presente nos fenômenos psíquicos? Como?
Difícil responder a essas questões.
Suponho que a mediunidade é uma faculdade presente em todos os fenômenos psíquicos. Não possível pensar sem captar frequências espirituais por intermédio dela.
A comunicação mediúnica é um fenômeno psicológico que permite vir à consciência o que se inicia em outra dimensão e na esfera extra-cerebral ou perispiritual.
Ela favorece no encarnado a emanação de conteúdos do inconsciente que, pela sua quantidade,
intensidade e qualidade nas informações, pode configurar uma idéia de futuro na forma de pressentimento como uma probabilidade.
Da mesma forma, o ego pode, pela mediunidade ou não, ter acesso àqueles conteúdos, quando estimulado pelo meio ou pelo próprio inconsciente, pressentindo o futuro, também como
probabilidade.
A isso se chama intuição. O meio que estimula o ego pode ser material ou espiritual. A intuição, portanto, é possível graças às manifestações do inconsciente e à mediunidade.
Atribuir ao inconsciente a autonomia de provocar tais eventos advém da intensidade com que as experiências do espírito, ali gravadas nas várias encarnações, promovem a sua expressão na
vida consciente.
Não se pode dizer se a ação procede do espírito ou se do meio. Tudo ocorre de uma forma simultânea como na união de opostos que se buscam intensamente.
As ocorrências do inconsciente são manifestações constantes e inseparáveis da vida humana, consequentemente não há consciência sem as interferências que vêm dele.
A consciência é inicialmente estruturada a partir das interferências do inconsciente e continua a absorver seus conteúdos no decorrer da vida, o que caracteriza o processo de amadurecimento do indivíduo. A consciência, além dessa interferência, absorve o que lhe vem das experiências do ego em contato com a realidade externa.
As intenções, os desejos e impulsos, por outro lado, parecem exigir uma certa predisposição ou pressão. Parece que elas ocorrem mediante algum estímulo próprio do Espírito, da realidade
espiritual (de algum desencarnado) ou oriundo de algum evento externo (estímulo do ambiente material). Na intuição algo deve estar incomodando a consciência para que ocorra, como se houvesse
uma descompensação psíquica para sua manifestação.
O pressentimento é mais do que uma simples intuição pela necessária conexão inconsciente com uma provável situação futura. O pressentimento preenche, aos “olhos” daquele que o sente, uma
descontinuidade entre o passado e o futuro, apresentando-lhe uma possibilidade de entendimento como um senso coletivo.
O evento mediúnico, quando se processa pela afetação do psiquismo do indivíduo, pode se apresentar também como uma manifestação do inconsciente, como uma intuição e como um pressentimento.
Não há como distinguir, num evento mediúnico, se a participação é estritamente do psiquismo do indivíduo ou se há interferência de um espírito comunicante.
Quando o evento mediúnico surge no formato de uma mensagem psicofônica ou psicográfica, também é difícil distinguí-lo de um evento estritamente da autoria do médium, tendo em vista a possibilidade de seu conteúdo ter vindo do inconsciente do mesmo.
Quando o conteúdo contém dados desconhecidos da vida atual ou de vidas passadas do médium, aí sim, teremos a constatação da interferência extra-médium.
É o caso das mensagens mediúnicas contendo informações precisas de nomes, datas, dados biográficos e outros detalhes que vêm a ser confirmados após pesquisas.
As mensagens de conteúdo moral elevado podem vir do inconsciente do médium, mesmo que estimulado por espíritos. Uma mensagem de conteúdo moral, por mais elevada que seja e por menos culto que seja o médium, pode ser oriunda de seu inconsciente que pode conter informações adquiridas
em suas experiências em vidas passadas, podendo aflorar a qualquer momento.
Ser analfabeto não implica ter perdido os conhecimentos adquiridos em vidas passadas, pois eles podem ficar latentes, manifestando-se a partir de estímulos específicos.
PSICOLOGIA E MEDIUNIDADE ADENAUER NOVAES
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