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sábado, 29 de fevereiro de 2020

Pentateuco Espírita - Manifestações da Caridade

Olá,

Na mensagem de Vicente de Paulo, que encontramos no item 889 de “O Livro dos Espíritos”, lemos o seguinte: “Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, divina lei pela qual Deus governa os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados, e a atração é a lei do amor para a matéria inorgânica.”
Eis uma clara explicação do problema, que devia ser lida e meditada por todos os que disputam sobre a questão da prática verdadeira da caridade. Ela nos ensina a compreender os graus da caridade, a partir da sua manifestação no plano da matéria inorgânica, até a suprema expressão do amor consciente e poderoso de Deus.

Na matéria, o amor produz a gravidade, e é por isso que o amor de Deus governa os mundos no espaço.
No espírito, o amor produz a caridade, que se manifesta em benevolência, indulgência, perdão e amparo.
Graças às manifestações da caridade, Deus governa os homens na vida social, e os eleva da terra aos céus. E assim como a caridade tem o seu equivalente no plano material, é natural que tenha, no plano do espírito manifestado na matéria, as suas formas materiais de manifestação, da qual a esmola é a mais humilde.
Distribuir recursos aos pobres, dar esmolas, ou construir abrigos, asilos, hospitais, orfanatos, são formas objetivas da caridade, que enobrecem quem as pratica, mas nunca devem ser motivos de orgulho e vaidade. Porque as formas objetivas são meios de conduzir nosso espírito às manifestações mais puras da caridade, que constituem suas formas subjetivas.
Se em vez de utilizarmos aquelas como meios, delas nos servirmos como fins, interrompemos o processo natural do desenvolvimento da caridade em nós mesmos, e acabamos por destruir os germens divinos em nossos corações. É por esse motivo que fundadores e diretores de instituições caridosas acabam, muitas vezes, necessitando de caridade.
Se quisermos, pois, que o Espiritismo se desenvolva através da caridade, único meio pelo qual ele realmente pode desenvolver-se, não esqueçamos que caridade é, antes de mais nada, benevolência, indulgência e perdão. Mas não esqueçamos também que essas três virtudes, para serem bem praticadas, devem ser compreendidas em si mesmas, pois há quem as confunda com as formas contraditórias da falsa tolerância e da displicência moral. Em tudo, como aconselhava Kardec, preci-samos usar o crivo da razão.

José Herculano Pires                       " O Homem Novo"

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